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Por Thiago Colas 10/04/2011 Um dos papéis mais importantes no cinema de terror é o das Scream Queens, as rainhas do grito. Como o próprio nome diz, essa são aquelas atrizes cuja principal função nos filmes consiste em gritar a plenos pulmões assim que vêem os monstros ou os cadáveres das vítimas. A primeira Scream Queen do cinema é Fay Wray, a artista Ann Darrow de King Kong. Segundo histórias contadas pela equipe de produção, os gritos de Wray no filme eram legítimos, uma vez que o braço de gorila artificial em que ela ficava não era firme e ela sentia o tempo todo que ia cair de lá de cima. Foi a partir daí que se percebeu uma das grandes verdades do cinema de terror: que os gritos de medo são absolutamente fundamentais para desenvolverem o clima das obras. A partir daí, os gritos de medos tomaram conta da mídia. Atrizes eram escaladas pela potência de seus pulmões, e muitas grandes artistas tiveram seus primeiros papéis como Scream Queens. Um dos exemplos mais claros é o de Jamie Lee Curtis, que começou como vítima na série Halloween e em filmes como Trem do Terror e A Bruma Assassina, e eventualmente se tornou uma das atrizes mais respeitadas do cinema americano, algo que infelizmente não acontece com a devida frequência com essas atrizes. Por volta da década de 70, com os movimentos feministas, as Scream Queens se tornaram menos comuns, e cada vez mais as mulheres dos filmes de terror e de exploitation foram se tornando guerreiras fortes, e menos vítimas indefesas. Aliás, uma das primeiras atrizes dessa nova tendência, a pioneira Tura Satana, de Faster, Pussycat! Kill! Kill!, faleceu no último dia 4 de fevereiro. Uma mestiça de japonesa e índia norte-americana, Tura foi uma das primeiras mulheres realmente fortes do cinema, capaz de lutar com homens de igual para igual e vencer, e encantou até Elvis Presley, que chegou a lhe propor casamento. Atualmente, as Scream Queens se tornaram uma combinação de ambas. Ainda gritando de medo, mas não mais fugindo e se escondendo durante todo o filme, mas reagindo e sobrevivendo, as vezes por conta própria. E nós continuamos amando todas essas grandes mulheres dos filmes de terror. |
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