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Por João Antonio Buhrer 20/03/2011 Preparem-se porque hoje eu tirei uma baita raridade dos meus Arquivos!!! Trata-se do gibi publicitário da Lambretta no Brasil! Acho que todo mundo já deu um passeio numa boa Lambretta, mas poucos conhecem a história desse simpático veículo. A produção da Lambretta começou em 1947, na cidade de Lambratte (daí o nome Lambretta), em Milão, na Itália. A primeira Lambretta foi inspirada num veículo militar modelo "Cushman", empregado pelo exército americano durante a II Guerra que era utilizado para transporte individual de uma divisão motorizada. E por incrível que pareça, a Lambretta foi a primeira fábrica de veículos do Brasil, saindo na frente até mesmo da indústria automobilística. A implantação da fábrica Lambretta do Brasil S.A.- Indústrias Mecânicas se deu em 1955, no bairro da Lapa em São Paulo, e logo virou moda no país. Ela coincidiu com o surgimento do Rock'n'Roll e da revolução de costumes da juventude que veio com ele, e por isso imediatamente se tornou um veiculo símbolo da juventude dos anos 50 e início dos 60. A produção entre 1958 e 1960, o apogeu da marca, superou a quantidade de 50.000 unidades por ano no Brasil! Um dos pontos fortes da Lambretta era a boa estabilidade, devido ao baixo centro de gravidade proporcionado pelo motor próximo da roda traseira. O motor 2 tempos tinha boa refrigeração mesmo em Marcha lenta, proporcionada por uma ventoinha. Pois bem, para vender este novo e maravilhoso produto, a empresa Lambretta do Brasil contratou na segunda metade dos anos 50, uma agência de publicidade para produzir um gibi que mostrava as vantagens de se possuir uma Lambretta. O gibi "Minha Lambretta... e Eu", de 16 paginas coloridas, contava a história de um rapaz rural cuja vida mudava da água para o vinho graças a aquisição do tal veículo. Com a pequena motoneta ele ganhava tempo pra plantar mais e aumentar sua colheita. Graças também ao veículo ele conquista o amor de sua vida. Um roteirinho hoje ingênuo, mas muito simpático e divertido, com ótimos desenhos de algum ilustrador experiente da época, cujo nome jamais vou saber, pois o gibi pecou em não colocar informação alguma sobre seus autores. Mas o traço é típico daquele período. Não precisam nem ter dúvidas que este material é raríssimo e é mais fácil achar uma agulha num palheiro do que este gibi por aí. Desfrutem-no portanto com carinho, pois trata-se de uma pequena pérola da HQ publicitária brasileira, perdida no turbilhão da falta de memória do Brasil. Pérola que você agora tem a chance de conhecer aqui, nos Arquivos Incríveis do Bigorna! |
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