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Por Thiago Colás 08/02/2011 Nos últimos anos, os filmes de zumbis voltaram com tudo à moda. Dos novos filmes de George Romero ao seriado Walking Dead na TV a cabo, passando pelos filmes da séria Extermínio e pelo Zombie Walk, a onda dos mortos-vivos irracionais tomou conta dos meios de comunicação, mais fortes que nunca. E muitos perguntam: por que isso justo agora? Principalmente porque o filme de zumbis é completamente diferente de qualquer outro filme de terror. A estrutura, o clima, os tipo de ameaça, são totalmente diferentes. Nos filmes de vampiros, lobisomens, ou de quaisquer outros monstros, a ameaça tem um rosto, um nome e uma personalidade. Não o zumbi. Zumbis são uma horda, e tem apenas o instinto de caçar e comer. Por isso, o foco da história acaba se tornando, ainda mais, os sobreviventes e seus conflitos. E essa dinâmica dos filmes é o grande diferencial. Os zumbis podem ser a ameaça, mas as pessoas podem ser ameaças ainda maiores. Nos filmes de zumbi, aparece o que há de pior no instinto de sobrevivência do ser humano, e isso é o que acaba fazendo tudo dar errado no final. Outra diferença marcante é a escala dos eventos. No filme de zumbi, temos uma cidade inteira, as vezes o mundo inteiro sob ameaça. Os sobreviventes são poucos, os inimigos, muitos, os recursos são mínimos, e a total extinção da raça humana está prestes a ocorrer. Isso lembra muito mais uma doença se propagando do que um monstro atacando. E por fim, o zumbi não tem nenhuma característica positiva, nenhuma chance de redenção, nenhuma chance de eventualmente se tornar uma criatura do bem, que se apaixona por uma garota e brilha à luz do sol. Não existe como fazer com os zumbis o que se fez com os vampiros em Entrevista Com O Vampiro e Crepúsculo, entre outros. Zumbi é sempre terror, quando muito um terrir. E, para os fãs de filmes de terror, desesperados para verem algo cruel e violento, fora do que se tornou lugar comum na mídia atualmente, é isso que faz toda a diferença. |
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