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Por Gian Danton 10/01/2011 Na década de 1950, as revistas de super-heróis entraram em crise. As vendas foram caindo cada vez mais e a maioria das editoras migrou para outros gêneros, como o terror, o romântico e o faroeste. Apenas os personagens mais populares, como o Super-homem e o Batman, ainda continuavam vendendo bem. Em abril de 1958 estreou a primeira equipe de super-heróis da Era de Prata. A Legião dos super-heróis surgiu numa aventura do Superboy, mas logo foi conquistando fãs, que começaram a clamar por novas aventuras. A criação dos personagens com estranhos poderes e origens (Rapaz Cósmico, Garota de Saturno, Rapaz Triplo e Violenta Encolhedora, entre outros) foi obra do roteirista Otto Binder, ex-roteirista do Capitão Marvel. Entretanto, a revista se tornou um sucesso após a entrada no título de um escritor novo, que mandava suas histórias por correio, chamado Jim Shooter. Um dia a editora convidou-o para conhecer a redação e todos levaram um susto: o novo talento era, na verdade, um garoto de 13 anos! O sucesso desse revival dos heróis fez com que os editores da National decidissem reviver a Sociedade da Justiça. Mas Julius Schwartz achava que o nome Sociedade era formal demais, trocando-o por Liga, uma palavra conhecida dos jovens por causa das ligas de beisebol. O novo grupo reunia os principais heróis da editora e fez grande sucesso. Era a lógica do mais pelo mesmo: mais heróis pelo mesmo número de páginas. A Liga da Justiça estreou na revista The Brave and the Bold em março de 1960. Além da reformulação dos personagens, outra grande sacada de Schwartz foi estreitar a comunicação com os leitores, ao criar a seção de cartas na qual apareciam os endereços dos fãs. Com isso, eles eram estimulados a trocar correspondência entre si e o resultado foi duplo: os gibis deixaram de ser leitura descartável para se tornarem itens colecionáveis e começaram a surgir vários fanzines, revistas feitas por fãs, que divulgavam os personagens e revelavam novos talentos. Alguns dos grandes escritores de quadrinhos, como Roy Thomas, surgiram nos fanzines. Saiba mais sobre a Era de Prata na sessão Prata da Casa, aqui no Bigorna.net |
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