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Por Henrique Magalhães 09/11/2010
Patrice Killoffer, ao lado de um punhado de companheiros, foi um dos que preferiu trilhar esse caminho, formando em 1990 L’Association, uma editora independente para abrigar os autores mais ousados, cujos trabalhos têm caráter experimental e que, de algum modo, encontram-se à margem da linguagem fácil dos quadrinhos comerciais. As publicações lançadas por L’Association viriam dar suporte à produção do próprio grupo, bem como difundir as obras de outros autores que comungam o mesmo princípio autoral.
Quando tem que ser talvez seja o álbum mais visceral de Killoffer. Nele, encontramos o autor desnudado por meio de pequenas histórias autobiográficas em que aparece como protagonista, encarnando suas memórias e fantasias. É interessante ver o despojamento do artista quando aborda alguns aspectos incômodos de sua infância e suas relações familiares, assim como suas relações afetivas, no desenrolar de sua vida amorosa. Killoffer não mede palavras, como numa longa sessão de autoanálise, com a segurança de quem já encarou seus fantasmas e os superou.
Outro elemento interessante neste álbum é ver a transformação visual dos quadrinhos do autor. Como o álbum reúne histórias publicadas de 1992 a 2004, assistimos à impressionante versatilidade do traço, que corresponde a várias fases de produção e se adéquam a diferentes propostas de seus quadrinhos. Esta diversidade gráfica e textual conta positivamente na edição deste álbum de Killoffer, que serve como uma introdução a sua obra, como um portfolio do artista. Quando tem que ser |
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