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Por Dark Marcos 07/11/2010 Quando o Universo de personagens Marvel surgiu, em 1961, começava ali uma revolução na indústria dos quadrinhos e mesmo no gênero de super-heróis. A idéia inicial, inaugurada com a introdução dos heróis do Quarteto Fantástico, deu tão certo que a impressão era de que houve um grande planejamento para o lançamento desses personagens. Porém, analisando detalhadamente, vemos que essa não era bem a verdade. É fato, sim, que o sucesso deveu-se a inovação dentro do gênero de super-heróis, a boa administração (e massificação) dos novos títulos que surgiam e um pouco de sorte. Nas primeiras histórias, e em um curto espaço de tempo, é perceptível que todos os personagens sofreram ajustes, alguns deles drásticos. Chame de percepção entre os leitores ou mesmo de desenvolvimento dos personagens, mas as mudanças de direção levavam até algumas idéias para o esquecimento. Consolidou-se como evento de surgimento do Universo Marvel, a estréia do Quarteto Fantástico, em Novembro de 1961, em sua própria revista, apresentando um grupo de aventureiros que ganham poderes estranhos e decidem usá-los para combater o mal. Pelo menos, em teoria. A verdade é que o Quarteto nem mesmo usava um uniforme colorido, típico de super-heróis, e a única ameaça que enfrentam é um grupo de gigantescos monstros liderados por um pária da sociedade conhecido como Toupeira. Ou seja, além de enfrentarem alguém que nem bem era um supervilão declarado, de certa forma eram quase que personagens coadjuvantes de uma história de ficção com monstros, gênero também muito popular desde a década de 50. Uma das últimas revistas de monstros serem lançadas pela Marvel antes do surgimento do Quarteto, foi Amazing Adventures, em Junho de 1961. Curiosamente, logo na sua edição de estréia, surgia também um protagonista especializado em enfrentar esses monstros, não sendo ele personagem de uma única história, mas de uma série própria dentro do título, publicado nos meses seguintes. É, de certa forma, o primeiro herói... ou super-herói... fixo da Marvel. Seu nome: Doutor Druida! E tanto a criação quanto o próprio nome do personagem é a prova mais imediata de como a evolução dentro da Marvel foi gradual. Seu nome, na verdade, era Doctor Droom. Isso nas primeiras histórias. Futuramente, seria alterado para Doctor Druid, uma vez que o principal inimigo do Quarteto, Doutor Destino, tinha um nome parecido (Doctor Doom, no original). Também criado pelo escritor Stan Lee e pelo desenhista Jack Kirby (os “arquitetos” responsáveis pela criação dos principais heróis da Marvel), a gênese do Doutor Druida mostrava que era um personagem místico treinado por um ancião tibetano. Esse fato também seria aproveitado mais no futuro ainda, quando um herói parecido seria criado: o Doutor Estranho. Com isso, Druida se tornaria uma espécie de “reserva” de herói místico da Marvel. Apesar do curto e relativo sucesso, Druida foi deixado de lado juntamente com o fim das histórias de monstros (que, ironicamente, deram lugar as histórias de super-heróis). Seria relembrado e reintegrado com os outros heróis Marvel na década de 70, participando ocasionalmente de títulos como Ghost Rider (Motoqueiro Fantasma) e outros, e, de quebra, tendo suas primeiras aventuras reprisadas no título Weird Wonder Tales, com belas capas de Jack Kirby (com seu traço no auge) e Ernie Chan. Nos anos 80 foi integrado oficialmente aos Vingadores, onde teve posição de destaque em alguns momentos, chegando a chefiar a equipe. Tudo isso, de certa forma, foi uma maneira de homenagear e mostrar respeito pelo personagem que, afinal, foi o precursor dos heróis superpoderosos da editora. |
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