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Por Bira Dantas 10/10/2010 Recebi o toque do Angelo France (meu ex-aluno, excelente ilustrador, caricaturista e parceiro em algumas caricas e cartuns) sobre este evento na web: homenagem às mulheres, personagens de HQs. Adorei a ideia e entrei em contato com as meninas. Fui convidado a fazer a minha ilustra. Segue aí. É uma homenagem a todos que criaram personagens femininas. Rian (Nair de Teffé) que foi o nome da Escola de Arte do Gualberto e do Jal no fim dos anos 70, Ciça, Fortuna, Luiz Sá, Miguel Paiva são mestres queridos. Mas quero falar em especial de Henrique Magalhães, da editora Marca de Fantasia, Anita e de Paulo Monteiro. Henrique: Este lutador paraibano, merece a homenagem, não só pelo trabalho de gigante, pela editora, pelo resgate da história e do apoio ao Quadrinho nacional... Merece pela sua personagem de tiras, Maria!!!!!!!!!!!!!!! É um presente pra todas mulheres e homens que são meio coração mole, como eu... Paulo Monteiro, grande colega que dividiu o Sindiluta (boletim diário do Sindicato dos Químicos de São Paulo) comigo. Exemplo de criatividade, sensibilidade e coragem. Elaborou personagens operários com uma inventividade digna do Henfil. É uma honra ser seu parceiro, inclusive no recente Gibi do Matuzalém, candidato do PT. Anita Costa, uma outra tirista corajosa, que nada contra a corrente e mostra que não tem medo. Nem de cara feia. E sempre que me encontra, é de uma delicadeza, uma gentileza, que comovem. Realmente os coloco num panteão especial, com Rian, Ciça, Anita, Henfil, Miguel Paiva, Luiz Sá, Fortuna. Criar personagens mulheres e libertárias é um ato de coragem. Assim como o é criar personagens negros, operários, sem-terra. Numa sociedade machista, branca, preconceituosa, elitista, conservadora, hipócrita, ver que alguns Quadrinhistas rompem com a mente colonizada e colonizadora, é um alento! Parabéns a todos que rompem com a mediocridade! Parabéns às mulheres brasileiras, que tiveram duas mulheres concorrendo, e agora têm uma mulher para votar pra presidente! Há 78 anos atrás, as mulheres brasileiras não podiam nem votar! Vocês podem imaginar o que é isso? Antes dela, um operário, fez a mesma coisa. E foi bem sucedido! Mas com o mesmo custo: sendo discriminado, vilipendiado, difamado. Apesar de toda esta campanha sórdida da imprensa brasileira, o presidente tem 96% de aprovação e é bem falado em todo mundo. Uma bofetada na cara da mídia. |
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