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Por Cadorno Teles 10/10/2010 Metade do século XVIII, a Inglaterra e a Escócia bailam nas sombras de uma guerra civil. É nesse contexto que a narrativa de Um beijo do destino (A kiss of fate, tradução de Dayse Batista, Bertrand Brasil, 406 páginas, R$ 44,00) se baseia. Escrita pela premiada autora de romances históricos Mary Jo Putney, o romance é a primeira incursão da autora no gênero fantástico, mas continua centrada no detalhamento histórico, já marca registrada de suas narrativas. Nesse romance, conhecemos Gwyneth Owens, uma jovem inglesa, pertencente a um clã especial, os Guardiões e Duncan Macrae, lorde Balister, líder de um clã escocês dos Guardiões. Humanos, dotados de capacidades místicas diversas, de controlar as forças da natureza a ler o coração das pessoas, que vivem clandestinamente entre os mundanos destes tempos imemoriais, protegendo de qualquer adversidade. Longe de qualquer poder especial, Gwynne, vive entre os livros da grande biblioteca que seu pai reuniu. Casa-se com o idoso conde de Brecon, um casamento de companheirismo, não de paixão, que finda com o falecimento do conde. Viúva passa a viver com uma feiticeira poderosíssima, Bethany Fox, de sangue Macrae e numa festa na mansão Fox conhece o mago escocês, Duncan Senhor do Trovão, que veio a Inglaterra, determinado a dar um fim aos históricos conflitos entre as duas nações. Entretanto, ao se encontrar com a jovem viúva ambos são atraídos por uma paixão e o destino dos dois abalará sua lealdade à Escócia, seus votos como Guardião e ameaçará tudo que está em seu âmago. E o pior, após o primeiro beijo, Gwynner desperta seus poderes e imagens horríveis de batalha e morte. Presságios que ameaçam os dois povos e aprnas casando com Duncan, para depois o trair, ela poderá impedir a catástrofe. Mesmo com um pouco de ceticismo na leitura desse livro, podemos notar a abordagem humana que a autora coloca nesses humanos especiais. Fazer fogo com as próprias mãos? Fazer chover? Sentir o futuro? Iremos é sentir o lado mais humano que cada um possui, o sentimento. O aspecto mais forte em Um beijo do destino é o amor entre Gwynne e Duncan. Mesmo que conduza a história para um estilo meloso, o conflito entre suas famílias, o caráter mágico, são temas convenientes para esse primeiro volume que apresenta o cenário e os personagens para um público leitor. A narrativa flui sem problemas, mesmo para aqueles que não estejam familiarizados com a história anglo-escocesa de meados do século XVII. A riqueza de detalhes das ruas de Londres é tão clara, que podemos sentir o nevoeiro que sempre persegue a cidade. Os elementos sobrenaturais inseridos na história ganham maior destaque ao longo da narrativa, mas notamos que os protagonistas devem confiam em suas próprias habilidades humanas para desvencilhar de seus medos. Para quem gosta da série de livros de Diana Gabaldon, Um beijo do destino é uma boa pedida, como também para os amantes da fantasia. Enfim, seja qual for o leitor, terão em mãos um bom livro, com cenas faiscantes de sensualidade, perigo e intriga. |
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