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Por Anita Costa Prado 10/10/2010 Quando um livro sem vínculo editorial ou distribuidora alcança em 4 anos a terceira edição, podemos concluir que é uma publicação, no mínimo, especial. É o caso de O Armário - vida e pensamento do desejo proibido, de Fabrício Viana. O teor da publicação, gera interesse e a coragem do autor, admiração. Bacharel em psicologia, Fabrício escreve sobre a homossexualidade, de maneira clara e não teme expor a sua vida pessoal; cita passagens que enriquecem o livro, mostra os caminhos que o autor trilhou para entender a própria homossexualidade e sua posição diante do mundo em que vivemos, com conceitos equivocados e preconceituosos. Não é por acaso que pessoas admiradas e conhecidas como o cartunista Laerte, a desembargadora do Tribunal de Justiça Maria Berenice Dias e o jornalista André Fischer, do Portal e Festival Mix Brasil, tecem comentários elogiosos sobre o autor. A primeira vista, a leitura parece interessar aos homens, mas no decorrer das páginas, fica nítida a sensação de que é uma leitura indicada para todas as pessoas, independente do gênero e orientação sexual. Estar dentro do armário, refere-se ao fato de esconder a homossexualidade e na página 99 observa-se um trecho que vale por si só: ...”Então, querer sair do armário não é mesmo fácil, por isso, muitos não o fazem. Precisamos, antes de tudo, nos tornar guerreiros para lutar e conquistar nossa autenticidade.” Fabrício Viana é um guerreiro no sentido profundo da palavra; percorre um caminho sinuoso, com inteligência, sensibilidade e coragem. O livro é inquietante e nos faz refletir. Impossível ler sem ficar de alguma maneira, tocado pela essência das palavras deste armário escancarado.
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