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Por Gian Danton 03/10/2010 No início dos anos 1950, a nona arte viu nascer e morrer a melhor editora de HQs de todos os tempos: a EC. O sucesso foi imediato. Milhares de garotos americanos passaram a devorar sua dose mensal de horror e fantasia. Escritores famosos, como Stephen King, eram fanáticos pela EC quando crianças. No filme “Conta comigo" baseado num livro de King, um dos garotos aparece lendo uma revista da EC. Gente famosa, como o escritor Ray Bradbury, colaborava com a EC. Até aí, tudo bem. O problema é que a EC era uma editora crítica, talvez a primeira da historia dos quadrinhos. A EC fazia propaganda pacifista durante a guerra da Coréia, questionava os heróis e as instituições americanas. Numa das histórias um homem é encontrado próximo de uma moça atropelada e é torturado uma noite inteira até admitir que cometeu o crime. No final da história o policial que o torturou volta para casa e trata de limpar a mancha de sangue no pára-brisa de seu carro. Ele era o assassino... A festa não durou muito. Gaines foi chamado para depor numa comissão do Senado americano liderada por Frederick Wethan e fez o que pôde para defender suas publicações. Não adiantou muito: as editoras (para assegurar suas vendas) criaram um código de ética que praticamente proibia as revistas da EC. O resultado foi uma das épocas mais medíocres da história dos quadrinhos. Os grandes artistas, desiludidos com o fim da EC, deixaram de lado os quadrinhos, indo a maioria parte deles para a publicidade. Das revistas da EC, a única a permanecer foi a MAD — durante décadas uma das revistas mais vendidas nos EUA e no mundo. O curioso é que ela é publicada pelo mesmo grupo proprietário da DC — a editora que liderou o levante contra as revistas de Gaines. |
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