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Por Gian Danton 29/09/2010 Apesar da forte concorrência dos quadrinhos americanos e dos mangás, os quadrinhos italianos ainda sobrevivem e fazem sucesso em vários países principalmente na forma de gibis grossos, com histórias em preto e branco, muitas vezes tratando do velho oeste americano. São os fumetti, cujo melhor exemplo é Tex. Após a II Guerra Mundial, a Itália parecia buscar uma identididade cultural e ela, em muitos sentidos, foi conseguida através do fumettis. O primeiro personagem a fazer sucesso no pós-guerrra foi L´Asso di Piche, com roteiro de Alberto Ongaro e desenhos de Mario Faustinelli e Hugo Pratt. O personagem era uma mistura de Fantasma, Batman e Spirit e fez pouco sucesso de público, mas garantiu contratos para que seus autores fossem atuar na Argentina. A editora Bonelli praticamente padronizou os quadrinhos populares italinos, publicando gibis auto-contidos, com histórias longas em preto e branco. Depois de Tex, outro grande sucesso foi Zagor, criado por Guido Nolitta (pseudônimo de Sergio Bonelli, filho do criador de Tex) e idealizado graficamente por Gallieno Ferri, uma mistura de faroeste com fantasia. Também Akin, uma espécie de Tarzan que fala com os animais e Diabolik fizeram grande sucesso. Diabolik, criado pelas irmãs Ângela e Luciana Giussani, causou grande polêmica por ter como protagonista um vilão, que constantemente derrota a polícia. Aos poucos, a editora diversifica sua linha de gibis, com personagens como Mister No (um aventureiro), Nick Raider (um policial em Nova York), e terror (com Dylan Dog). Mas a maior obra-prima publicada pela editora foi sem dúvida Ken Parker, o mais humano dos cowboys, criação de Ivo Milazzo (desenhos) e Berardi (roteiros). Uma curiosidade: Tex foi, durante muitos anos, a revista predileta dos vigias noturnos.
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