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Por Gian Danton 19/09/2010 No final da década de 1920, Walt Disney estava inconsolado. Ele havia acabado de perder os direitos sobre seu personagem Osvald, o coelho para Charles Mintz. Para compensar, ele criou outro personagem inspirando-se num camundongo que costumava visitar seu escritório. Assim nascia o divertido Mickey, com sua cabeça grande, pernas finas e sapatos grandes, como um menino que tivesse vestido os sapatos do pai. Inicialmente, o camundongo deveria se chamar Mortiner, mas Disney acabou mudando de idéia (alguns autores creditam a mudança à esposa do desenhista). Em 1928 estreou o primeiro curta-metragem do personagem, e também o primeiro desenho animado sonoro da história, tornando-se logo um sucesso. Não tardou para que o personagem migrasse para as tiras. Floyd Gottfredson foi escolhido para fazer a adaptação. Outro personagem surgido nas animações também logo ganharia sua versão em quadrinhos: o Pato Donald. O desenhista Al Taliaferro adaptou o filme A galinha sábia, para as tiras e depois o resultado foi copilado em um gibi com grande sucesso. Certa vez ele foi escolhido para participar de um longa do Pato Donald intitulado O Ouro do Pirata. O projeto não saiu do papel, mas mesmo assim Disney resolveu transformar o material em uma revista em quadrinhos e convidou Barks para fazer a adaptação. Foi um sucesso tão grande que a editora Dell-Western lhe ofereceu um emprego como quadrinista. Barks estava, enfim, no seu elemento. Em 1947 ele criou o Tio Patinhas, baseado no personagem sovina do Conto de Natal, de Dickens. Criado para uma única história, ele agradou tanto que logo ganharia revista própria. Barks continuou desenvolvendo a mitologia dos patos com a criação de outros personagens, como o inventor Professor Pardal e o sortudo Gastão. Tio Patinha logo se tornou um personagem extremamente popular, graças quase que exclusivamente às histórias de Barks. Segundo a enciclopédia História de los Comics, o que fazia de Barks um gênio não era sua criatividade ou seus desenhos, embora ambos fossem ótimos. O que o transformou em gênio foi a autenticidade dos mundos que criou. Essa autenticidade surgia tanto da experiência de vida quanto das pesquisas minuciosas que fazia para suas histórias. Um exemplo de mundo criado é a vila quadrada, um local perdido nos Andes em que tudo era quadrado (até os ovos!) e as formas arredondadas eram proibidas. Atualmente, o quadrinista Disney mais famoso é Don Rosa, um fã tão inveterado de Carl Barks que faz de todas suas HQs homenagens ao homem dos patos. |
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