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Por Bira Dantas 24/06/2010
Neste blog, Ben Heine mostra vários projetos e discussões nos quais está envolvido, inclusive uma bela conversa entre seus desenhos a lápis e fotografias (aqui). Um artista tão premiado no mundo inteiro poderia sentar-se sobre os louros da fama e aproveitar o lucro que a notoriedade oferece. Não foi o que aconteceu. Ben sempre se posicionou na luta do fraco contra o forte, do oprimido contra o opressor, do invadido contra o invasor. Sua arte denuncia as atrocidades cometidas em nome da “paz”, da “segurança do mundo civilizado”, das “grandes verdades”. Isso o tornou tão respeitado a ponto de ser jurado em vários Salões de Humor Internacionais e estar entre os biografados do site Iran Cartoon: O Verdadeiro Terrorismo
Assim, Heine se coloca ao lado de cartunistas brasileiros como Latuff e Marcio Baraldi, que levantam a bandeira do fim da opressão de um ser humano pelo outro. Mesmo num momento em que é mais fácil para muitos chargistas e cartunistas ficarem do lado dos EUA e Israel em suas incursões bélicas pelo mundo, invadindo Afeganistão, Iraque, fazendo embargo à Cuba e Coréia do Norte e ameaçando países como o Irã, Ben fica ao lado dos palestinos, dos afegãos, dos povos invadidos.
É lamentável ver que a opinião pública não se rebela contra o pensamento único: esquerda, pobre, negro, muçulmano, sem-terra é ruim; direita, rico, branco, cristão/judeu, latifundiário é bom. Ben segue colocando sua arte na internet, lutando para que idéias que saiam da “grande corrente única de pensamento” tenham seu espaço. E enquanto grandes artistas como ele seguem batendo na mesma tecla, a gente vai tendo a esperança que um dia, uma cena de morte de crianças inocentes num país do Oriente Médio, faça o comentarista na TV urrar de raiva, ao invés de dizer: “A ofensiva militar conseguiu acabar com mais uma fábrica de armamentos químicos”. |
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