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Por Dark Marcos 09/05/2010 Ele ficou popularmente conhecido pela aparições nos filmes do Homem de Ferro, interpretado pelo ator Samuel L. Jackson. Mas, fora o tapa-olho, "algo" pode parecer diferente para quem não o conhece dos quadrinhos. Nick Fury não é negro, como foi mostrado. Mas, desta vez, essa "pequena" diferença não é culpa de uma adaptação absurda para o cinema. Os quadrinhos mais recentes mostram Fury negro, inclusive com as feições de Jackson (homenagem dos desenhistas da série ao ator norteamericano). Explica-se, o universo onde o Fury negro está é paralelo ao universo onde o Fury branco existe (universos paralelos). Complicado? Então deixe-me tentar descomplicar. A editora Marvel publicava o personagem Nick Fury desde a década de 60. Quarenta anos depois, a editora decidiu recontar a história de seus mais famosos personagens e adaptá-los para uma nova geração de leitores de quadrinhos. Uma releitura de Nick Fury, adaptou-o como um coronel negro e durão, bem ao estilo do personagem Shaft, que o já citado Samuel L. Jackson interpretou no cinema. Ainda complicado? Pois é, bem vindo ao mundo dos quadrinhos! Mesmo assim, quando o personagem surgiu, em Maio de 1963, havia diferenças tanto estéticas quanto conceituais, comparadas aos seus dias atuais. Em sua estréia, ele não tinha seu marcante tapa olho, por exemplo. No início da década de 60, a editora Marvel apresentava seus novos super-heróis, começando pela revista do Quarteto Fantástico. No entanto, não se tratava de uma editora novata. Ela já publicava quadrinhos décadas antes, apresentando histórias em estilos variados como terror, ficção científica, romance, faroeste, policial e quadrinhos de guerra, também muito populares em editora concorrentes. Mesmo após o sucesso de suas revistas de super-heróis, o escritor Stan Lee e o desenhista Jack Kirby (os mesmos que criaram o Quarteto), voltaram aos quadrinhos de guerra com a revista Sgt. Fury and The Howling Commandos (Sargento Fury e O Comando Selvagem). Apesar das histórias supostamente acontecerem no mesmo universo Marvel que começava a ficar infestado de personagens com superpoderes, as histórias de Fury mantinham o pé no chão, sendo ambientadas na Segunda Guerra Mundial, onde o inimigo da vez era o nazismo. Quando Lee e Kirby começaram a alicerçar a Marvel, o diferencial era renovação nos quadrinhos. E mesmo em se tratando de quadrinhos de guerra, que não eram novidade, esse diferencial precisava aparecer. A primeira vista, esta tentativa estava no elenco de personagens que faziam parte do Comando Selvagem. Liderando o grupo tínhamos o então Sargento Nick Fury, militar que demonstrava ter larga experiência em campo, era durão e carregava como marca seu inseparável charuto (sendo até meio que caricatura do próprio desenhista e criador Jack Kirby, que também era um amante dos charutos). Como braço direito, Fury contava com o bigodudo Dum-Dum Dugan que, apesar de subordinado, sempre discordava das ações de seu sargento e quase sempre deixava seu gênio explosivo arruinar com as estratégias de guerra. Jonathan Junior Juniper e Robert Rebel Ralston eram os mais jovens do Comando, incorporando o que seria a imagem do leitor dentro da história. Gabriel Jones, era o músico negro que usava seu trompete de guerra para animar a tropa tirando o melhor do jazz que conhecia. Izzy Cohen era o especialista em qualquer tipo de equipamento mecânico. Dino Manelli, apesar de bom soldado, era uma espécie de ator canastrão frustrado, que se preocupava mais com o penteado do que com o avanço de tropas inimigas. Mas Fury não era o líder supremo e infalível por mais que parecesse. Era subordinado ao coronel Happy Sam Sawyer, que colocava o sargento na linha sempre que ele colocava as asinhas da rebeldia de fora. Quando Sawyer sorria, era motivo de preocupação para o batalhão, já que isso significava o início de mais uma missão suicida. Na semana que vem, vamos saber porque esse Comando era tão Selvagem. Acreditem, o grupo fazia jus ao nome. |
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