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Por João Antonio Buhrer de Almeida 19/04/2010 Não venham me acusar de querer ser o Herman Lia do século XXI. Longe de mim querer me comparar ao fabuloso historiador, que publicou em 1963, pela José Olympio, História da Caricatura no Brasil, em quatro robustos volumes. Aos pouquinhos, modestamente, vou seguindo as pegadas do mestre Lima e tentando revelar o que ficou perdido pós 1964. Neste sentido, um livro que é muito raro, e que nunca tinha ouvido falar é este Cornélius, do Luscar, cartunista que apareceu no final dos anos 60, na imprensa paulista e depois adquiriu fama nacional, através do Pasquim, onde se projetou como um jovem talento. Como seu inicio foi justamente no apogeu de Ziraldo e Fortuna, não tinha como neste começo o traço deles passasse batido por Luscar. Ele está todo inundado do jeitão destes cartunistas do Pasquim. O livro é de 1970, como diz a folha de rosto, lá mesmo está dito que a censura federal o liberou. Tem até o número do processo. Alexandre que me arrumou esta jóia acha que o livro foi censurado e recolhido, ou algo parecido. Ou então a censura obrigou a editora mostrar para eles. Eu sinceramente não sei, sei que é um livro raro é que pouco citado na história da caricatura pós Herman Lima. Foi publicado por uma editora pouco afeita a artes gráficas, era mais interessada em modinhas (revistas de letras de músicas), folhetos de cordel e revistas sertanejas, como a importante Melodias. É portanto um título estranho a esta editora. Os cartuns do livro, como o título sugere, são variações das piadas de cornos. Confira a galeria de Cornélius, de Luscar, aqui. |
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