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Por Bira Dantas 23/02/2010 Foi uma noite inesquecível. Poder falar sobre Angelo Agostini para uma platéia atenta não tem preço. Ter nesta platéia amigos (professores e alunos da Pandora) como Caio Yo, Fabiano, Kamila, Marcelo Mantovani, Mario Cau, Vitor Gorino, Ricardo, Rubinho, Sérgio e tantos outros foi demais. Mas dividir a mesa com Djota e João Antonio Buhrer arrebentou qualquer boca de balão. São dois apaixonados pelos Quadrinhos e Caricaturas. Djota com seu fantástico site Mundo HQ e João com seus Arquivos Incríveis só abrilhantaram o bate-papo. O pessoal pode folhear edições facsimilares de Don Quixote, Revista Illustrada, Diabo Coxo e ouvir histórias de 150 anos atrás, realmente uma aventura e tanto na vida e obra do genial Angelo Agostini. Seguimos falando das aventuras e desventuras de um artista visionário num país-colônia. Suas lutas contra a escravidão, a hipocrisia, a corrupção. Sua fuga de São Paulo para o Rio. Sua participação em inúmeros jornais e revistas, inclusive como foto-repórter (fazendo storyboards que narravam crimes, aventuras reais ou acontecimentos históricos). Seu apogeu e seu fim. Sua relação comercial com os clientes. Seu caso amoroso extra-conjugal que foi utilizado pelos poderosos de então (os mesmos de hoje, donos das fazendas, dos bancos e da imprensa) para ameaçá-lo e obrigá-lo a fugir do Brasil, indo para Paris. Vimos livros que falam do Mestre, um original de O Malho e cópias de jornais de 130 anos atrás, mostrando políticos-ratazanas se cumprimentando e São Paulo afundada nas enchentes. Nada mais atual. Falamos da genialidade de sua arte (e de como era incompreendida), que só a distância do tempo permitiu que fosse mais ou menos vislumbrada por nós. Falamos de seu trabalho em Diabo-Coxo, O Cabrião, Arlequim, O Mosquito, Vida Fluminense, Revista Illustrada, O Malho, Don Quixote, O Tico-tico... E de lá, em maio, a exposição irá baixar na Unicamp, como uma continuidade da discussão que fizemos no Ginásio da Unicamp (Cultura: Diversidade e Magia). Eu, Sebastian Marques e Euzébio Lobo conversamos sobre Magia nos Quadrinhos, Mamulengos e Capoeira. Uma das sugestões que ficaram foi de uma exposição sobre Angelo Agostini. Esperamos que na próxima mesa-branca (ops, digo, redonda), ao som de Chopin na gaitacomo sugeriu o João), o nosso nobre artista Angelo Agostini, também baixe e distribua entre nós toda a sua criatividade e ousadia. Porque humor é isso! E nós precisamos de muito humor! Agradecimentos especiais ao Ricardo Quintana, Amilcar Mazzari e Caio Yo (da Escola Pandora) que batalharam MUITO para que a exposição e o debate acontecessem. Além, é claro, dos 22 artistas que enviaram o seu carinho e reverência através de caricas, charges e cartuns. Quem quiser enviar caricatura de Angelo Agostini ou de seus personagens (como Diabo Coxo, Nhô Quim), envie arquivo (em qualquer técnica), formato A4, 300 dpi, para: biradantas2000@gmail.com. Quem quiser receber os Arquivos Incríveis de J. Antonio, envie e-mail para: jabuhrer.almeida@gmail.com. Quem quiser saber o que rola no mundo dos Quadrinhos e Cartuns, clique aqui. Para ver as fotos do debate, clique aqui. Comentários: Rita: "Nossa, que legal! Parabéns mais uma vez! Um barato te ouvir falando sobre o Agostini na rádio CBN... e adorei o teu Asterix e o Obelix. beijo" José Francisco Nunes Guerreiro: "E aí Bira "véi", agora "quitutá" famoso, me vende um "otógrafú"? Um abraço do fã(nático) (rsrs) 'braço, el gran Nuñes Guerreiro, o humilde magnífico." Claudio Martini: "Parabéns. Quero ir esta semana ver a expo na Pandora. Um abraço" Fabiano Carriero: "Bira Dantas, Djota e João Antonio Buhrer, tenho por mim que são "os três intelectuais" do Quadrinho de Campinas. Como numa boa conversa, a platéia -na sua grande maioria, ilustradores-, podia notar o quanto vale a pena escutar sobre (como o João Antonio Buhrer disse) “um bom cronista” e poder saber que não é dos Americanos o palanque mais alto. Mesmo o Djota discordando de ser ou não Angelo Agostini o primeiro quadrinista, mas deixando bem claro que a importância dele na historia é indiscutível. E claro, a presença do cartunista Bira Dantas (não podia ficar sem a gaita e muita fala) era legal porque ele nos deixava cronologicamente no tempo e explicava as técnicas usadas. Além disso, tivemos os “Arquivos Incríveis” em Xerox e até um original que o João trouxe. Essa mesa redonda sobre um cartunista de 100 anos atrás... deu pra notar que as idéias que ele tinha eram (e são) de um grande revolucionário nas Artes Gráficas do seu tempo (e do nosso). Mostram a importância da Charge para as pessoas da época, e abrem novas portas para outros seguirem seus passos. Sem ele eu poderia nem estar aqui. Agostini, ontem, hoje, sempre!" |
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