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Por Cadorno Teles 07/10/2009 Thomas Ward, agora já com a sina de se tornar o novo Caça-Feitiço, viaja com seu mestre para a cidade de Priestown para o funeral do irmão clérigo do sr. Gregory e resolver alguns negócios inacabados. No fundo das catacumbas da catedral da cidade se esconde uma criatura que o Caça-Feitiço nunca conseguiu derrotar. Um monstro tão diabólica que todo o Condado corre o risco de ser corrompido por seus sinistros poderes. Seu nome? O Flagelo, um ser terrível, que é capaz de usar qualquer pessoa que estiver próxima do lugar onde estar preso, lendo sua mente, corrompendo seus pensamentos e sonhos, para apaziguar o seu gosto por sangue. As pessoas que são "aliciadas" chegam a fazer oferendas de sangue ou veem no suicídio a única forma de se livrar de seu controle. E os primeiros a serem corrompidos são os membros do Conselho da Cidade dos Padres. Quando os dois estavam para se preparar para a batalha de suas vidas, torna-se evidente que o Flagelo não é seu único inimigo. O Inquisidor está na cidade, a procura de todos aqueles que vão de encontro com os ensinamentos da Igreja e o Caça-Feitiço cai nas garras do religioso, além de outros conhecidos de Tom. Esse é o enredo de A Maldição (The Spook’s Curse, tradução de Lia Wyler, Bertrand Brasil, 288 páginas, R$ 35,00), segundo volume de As Aventuras do Caça-Feitiço, que reúne as aventuras de um jovem que entra num desconhecido mundo de magia, ao conhecer um homem, cujo trabalho é proteger os moradores locais de perigos da noite, de bruxas, de monstros e de todos os outros males do além, mas apesar do seu inestimável serviço, é evitado por todos. Escrito por Joseph Delaney, que narra uma fantasia mais sombria, com segredos perigosamente assustadores. Premiada lá fora, está merecendo uma versão cinematográfica já faz um tempo, mas a Warner ainda não anunciou nada, depois de adquirir os direitos de filmagem. Delaney realmente está se revelando um mestre em seu gênero, sua narrativa é bem mais simples que as de Harry Potter, entretanto as angústias adolescentes aqui são reais e machucam muito. Além de evocar os sentimentos do macabro, do medo e do pavor, numa atmosfera narrativa bem delineada, sem nada exageradamente gráfico. O mundo de Thomas Ward é escuro e misterioso, num cenário que lembra a Inglaterra, a cada momento que lemos indagamos se os personagens irão sobreviver à próxima página. Nesse segundo volume, o tema horror está mais presente, ligado ao enredo que está muito mais objetivo que o primeiro, O Aprendiz, com uma trilha narrativa que cria uma identificação com os protagonistas e até mesmo com os antagonistas. O segundo volume abre novos mistérios ao passado de Thomas, e desenvolve ainda mais os personagens, principalmente a menina Alice, onde Delaney usa a personagem como um grande efeito de ilustrar como o bem e o mal são muitas vezes próximos, e não como é abordado em alguns livros juvenis, no preto e no branco. Por isso, até os adultos podem apreciar a narrativa, pois há momentos que você duvida o que os personagens estão a fazer, até mesmo o protagonista. Ótima leitura pata todos os gostos. |
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