O pai de Sam, Allan Faulkner, misteriosamente desapareceu há mais de 10 dias, não era a primeira vez, mas nunca por muito tempo. Seria devido à morte da esposa, a mãe de Sam. O garoto começa a investigar algumas pistas deixadas pelo pai, descobre uma pedra antiga, uma escultura mágica, uma estranha moeda e um livro antigo no porão da livraria do pai. A magia da escultura e da moeda reunidas o levará por aventuras ao longo do tempo. Esse é o enredo do primeiro volume da série
O Livro do Tempo,
A Pedra Esculpida (
La pierre sculpée, tradução de André Telles,
Galera Record, 240 páginas, R$ 29,00), escrita pelo professor e escritor francês
Guillaume Prévost, primeira obra sua dedicada ao público jovem, uma ficção cheia de aventura e tensão que retrata importantes momentos da história mundial.
O garoto inicia sua aventura após encaixar a moeda na escultura, unindo as peças. Um calor intenso percorre seu corpo e, nauseado, Sam percebe que não está mais no porão da livraria. Está em outro tempo, na Idade Média, em pleno ataque viking a uma aldeia numa ilha. De alguma forma, a pedra o transportou para uma outra época, e não como um mero espectador e passa a ajudar os habitantes de cada tempo da forma que é possível. Ali¸ Sam salva relíquias importantes que os monges de Iona guardavam e protegiam, após essa primeira missão, passa a ser um herói nas visitas que faz pelo tempo.
Do período medieval, vai para o front da Primeira Guerra Mundial, onde ajuda um major da infantaria francesa durante um bombardeio. Logo depois, está no Egito dos Faraós, desvendando uma conspiração. Na velha Bruges, ajuda um velho pintor e até mesmo visita o castelo do sanguinário Drácula... A cada pulo que dá no tempo, Sam encontra uma outra moeda que leva a outro tempo e assim vai em busca do pai numa deslumbrante e emocionante história, construída para os jovens, mas que pode atrair os mais velhos. Assim iniciam as viagens no tempo de Sam à procura do pai, levando-o a tempos distantes e lugares remotos, como um destino traçado, têm experiências que vão mudar sua vida e a maneira de ver as coisas. Após cada viagem, ele retorna mais forte e mais sábio e mais confiante em si próprio.
O livro foi um sucesso na França, vendendo milhares de livros, merece como tantos outros, uma versão cinematográfica, mas com muito mais zelo do qie outras que apareceram por aí. Com uma narrativa intrincada com um suspense e rapidez de tira o fôlego e com personagens "históricas" bem construídas, o livro de Prevost é uma ótima leitura, pela pesquisa que o autor fez, já conhecido por seus thrillers históricos, e pela lição de história e ética que passa aos jovens leitores. A única falha é que está demorando a segunda parte.
O autor Guillaume Prevost nasceu em 1964 na ilha de Madagascar. Estudou na prestigiosa École Normale Supérieure e atualmente é catedrático de Historia no Instituto de Paris. Colaborou para a televisão como consultor histórico e escreveu várias obras sobre o assunto antes de se dedicar à literatura.
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