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Por Cadorno Teles 20/06/2008
Nessa narrativa, o autor explora o mal puro, em um personagem que assusta, apresentado com as características mais intensas da maldade. Harry Bosch, retornando para a unidade policial, após aposentadoria, tem a chance, meio que insatisfatória após alguns acontecimentos, de reabrir um caso no qual trabalhou no passado e que não conseguiu desvendar: o desaparecimento, a treze anos, da jovem Marie Gesto e o seu possível assassinato. Perante a confissão de um homem que diz estar por trás do assassinato da jovem, que esperto, o criminoso propõe um acordo para escapar da pena de morte: ele mostraria onde estão os corpos das nove pessoas desaparecidas em troca da atenuação da sua pena. O perspicaz detetive deduz que por trás há algo a mais, principalmente pelas circunstâncias que envolvem o caso e o interesse político de um promotor pelo culpado. Contudo, um indício importante foi deixado há 11 anos, algo que poderia ter levado ao assassino; dúvidas o atormentam, mergulhando o pensamento do detetive na auto-recriminação e desespero. Vemos aqui Connelly em seu melhor trabalho, uma obra emocionante com uma trama policial inteligente cujas peças se encaixam à perfeição, compondo uma crítica sagaz na relação entre a classe política e o corpo policial, assim como também uma reflexão das trágicas conseqüências que o erro mais mínimo pode causar numa investigação. Um livro com emoção e surpresa a cada virar de página, suspense policial perfeito.
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