Muito bom ver títulos prosperando e mantendo a proposta, como é o caso da revista Alexandria (20 págs., capa e 4 págs. coloridas, periodicidade bimestral). A publicação gaúcha mantêm o mesmo time criativo, o qual se alterna para a construção das HQs.
Desta vez as histórias são: Honra, uma HQ de uma página a respeito de dois samurais que se encontram em uma ponte estreita demais para ambos passarem. Roteiro de Carlos Francisco e desenhos de Matias Streb. Os traços são bons, com uma boa colorização, entretanto o texto peca ao criar um conflito simplório. O Raiar de Uma Revolução, com suas três páginas, completa as quatro coloridas da revista. Argumento e desenhos de Jader Corrêa e pintura de Matias Streb. Nesta é narrado um combate da Guerra Dos Farrapos sob o olhar de um soldado revolucionário. Os desenhos de Jader se assemelham muito com o de Matias na HQ Honra. Não é por acaso que as cores também são bastante similares. Nada que prejudique, pelo contrário, cria identidade na publicação. Com relação ao texto e pano de fundo, é sempre gratificante ver fatos ou situações reais de nossa história serem transportados aos Quadrinhos de forma não didática e massante.
Jader Corrêa trabalha sozinho em Vá Para a Luz!, uma história bastante interessante, assim como Um sonho de François, publicada no primeiro número da revista. Na seqüência, Um em Bilhões, também de Jader em trabalho solo. Os traços do autor são levemente diferentes da HQ anterior, mas algumas características se mantêm, como a valorização do branco e a ausência – não total – de cenário de fundo. A trama gira em torno de uma pessoa comum premiada por uma “loteria cósmica”. As séries fixas da revista são: Ariel e Artefatos do Dragão. A primeira continua de onde parou na primeira parte. Ela é desenhada e roteirizada por Matias Streb, e desta vez um personagem novo e misterioso aparece. A galera da capa de Alexandria #2 são os personagens desta aventura. Em Artefatos, também de Matias, Dau continua sua busca por descobrir o que é a pedra que lhe foi entregue, e para isso deve subir um montanha e conversar com Blend.
Para encerrar a revista - antes mesmo da HQ Artefatos do Dragão – há um texto que desta vez é a respeito do gênero “Noir” (pronuncias-Se, nuar, do francês). Mais uma vez é um texto rápido sem muito aprofundar no tema. Mas vale por dar um vislumbre do que seja o assunto tratado. Assim como no primeiro número de Alexandria, o segundo não deixa a desejar. Vale a pena conferir. Que venham as próximas e que as HQs sigam o ritmo de melhora. Para adquirir e saber mais sobre Alexandria clique aqui.