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Por Matheus Moura 20/03/2008
Como nos outros álbuns de Clic, o terceiro narra as agruras de Cláudia Cristiani, a qual continua exercendo a profissão de repórter, sendo desta vez em uma viagem internacional (adivinhem onde!) no Brasil. O pretexto para ela estar na Amazônia é fazer uma matéria denunciando a degradação do meio ambiente pelos garimpos. Neste meio tempo ela encontra uma seita religiosa diferente, no meio do nada, a qual propõe uma comunicação extraterrestre através da suspensão do orgasmo (coisas de Manara). Mais uma vez há quem a quer ver perder o pudor desvairadamente; este alguém é Fausto, o rapaz do volume anterior que foi contratado pelo marido de Cláudia e que continua com a caixa que emite o som que dá nome à obra. No meio das dificuldades de tudo que ocorre, ainda há um nativo, Curvalo, que usa de método nada comum para encontrar ouro. Sua forma consiste em introduzir em Anna Rita – uma andarilha – uma mistura de ervas alucinógenas para que ela tenha visões de onde se encontra o metal cobiçado. As premissas de Clic, até o momento, não foram as melhores do erotismo: agrada, não impressiona. Infelizmente este terceiro volume fica com a impressão de ser o pior deles. A caracterização da Amazônia é recheada de estereótipos, além de várias vezes a coisa toda parecer forçada. Quanto à edição, a Conrad continua dando o costumeiro acabamento gráfico aos trabalhos do autor, pecando somente em alguns textos em que a revisão deixou passar erros simples. Para quem conhece o autor vale a conferida; àqueles que desejam conhecer e não possuem os anteriores é recomendado começar do primeiro, pois pode acabar se decepcionando com este. Fica a esperança do quarto e último volume (o qual é inédito no Brasil) superar as expectativas e fechar a série tão bem quanto ela começou. |
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