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Por Cadorno Teles 17/03/2008 Gárgulas batalham pelas ruas de Londres Em entrevista ao jornal inglês Telegraph, o autor falou que há quarenta anos, quando estava com seu pai, passeando de carro, a estátua de um soldado da I Grande Guerra no Memorial da Artilharia Real olhou para ele. Sem conseguir explicação, podendo ser o clima ou o ângulo que tenha olhado, mas que causou uma forte e duradoura impressão e aos 46 anos decidiu transformar o atirador em um personagem dessa trilogia que chega ao Brasil, que vem sendo apontada como o sucessor de Harry Potter. A narrativa se inicia numa visita ao Museu de História Natural de Londres, onde o tímido e introvertido George Chapman, de 12 anos, se chateia com seu professor que o pune sem motivo e com raiva dá um murro na cabeça de um dragão de pedra – um gárgula da entrada do museu. Colocando a pequena cabeça do dragão no bolso, ele é perseguido surpreendentemente por um pterodáctilo, que se solta da fachada do museu e que já estava de olho nele. Na fuga, George escapa de muitos perigos; na visão do autor vemos o quanto era: "Dizem que nunca se está mais sozinho do que no meio de uma multidão, mas estar sozinho no meio de uma multidão, enquanto se é perseguido por uma coisa monstruosa sem que ninguém perceba, é muito pior". O garoto é salvo por ninguém mais que a estátua do Atirador do Memorial de Guerra, o mesmo que "olhou" para o jovem Fletcher de 6 anos. Contudo, será só o início, pois a cabeça do dragão que George quebrou é a chave para reestabelecer a paz entre as criaturas de pedra, e para isso têm que colocá-lo no Coração de Pedra. George agora têm uma missão: encontrar o Coração de Pedra, mesmo não sabendo o que é, e ele contará com a ajuda de Eddie, uma garota que pode passar incógnita pelos humanos, como os gárgulas. E juntos passarão por uma grande aventura. Apesar das mais de quatrocentas páginas, Coração de Pedra têm uma linguagem ágil, fácil e cativante como a do bruxinho de J.K. Rowling, principalmente pelo estilo do autor que coloca mais objetividade nas cenas de ação, como se estivesse preparando o texto para o audiovisual. Uma boa leitura para jovens e órfãos de Harry Potter, mas também para os amantes de fantasia.
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