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Resenha: O Código dos Justos
Por Cadorno Teles
15/02/2008

"A profecia se cumpre: o fim do mundo se aproxima". É assim que Sam Bourne apresenta o seu livro O Código dos Justos (The Righteous Men, tradução de Alda Porto, Record), um thriller ao melhor estilo de O Código Da Vinci de Dan Brown. Bourne é o pseudônimo do premiado jornalista britânico Jonathan Freedland, que apresenta um programa de história contemporânea na Radio 4. Nesse romance o inglês excursionou pela difícil tarefa de unir o mistério de seculares códigos secretos e a nova abordagem para os thrillers lançados nos últimos anos. A revista Esquire considerou o livro como um lançamento "melhor que O Código Da Vinci", por serem os personagens mais verossímeis, mas a inspiração do autor em O Código dos Justos está evidente no alquímico criador do professor-detetive Robert Langdom.

Em O Código dos Justos, quem assume o papel de investigador é o repórter Will Monroe Jr., de pouco mais de vinte anos, casado com a bela psiquiatra Beth. Nascido na Inglaterra, ganha um lugar no prestigiado jornal New York Times, após uma matéria sobre um terrível crime: um homem é esfaqueado em Manhattan, antes de ser anestesiado e é encontrado com o corpo cuidadosamente coberto. Após a primeira página com a notícia do crime, Will começa a notar algumas macabras coincidências em outros assassinatos, contudo em diversas partes do mundo: um pastor é executado no Brasil, um bem-sucedido homem de negócios é estrangulado na Tailândia e um adolescente é morto na India. Surpreso, começa a aprofundar suas investigações que o levam a uma arriscada odisséia. Principalmente quando alguém seqüestra sua esposa, o que o deixa desesperado e com a ajuda de um hacker e uma ex-namorada descobre uma antiga profecia judaica segundo a qual o fim do mundo pode estar próximo.

Um livro de ação página-a-página com nuances sobre a Bíblia Sagrada e a Kabbalah. O misticismo judaico é mostrado em um cenário bem pesquisado que atrairá os fãs do gênero; cada personagem que emerge na trama é crucial para a narrativa, principalmente para o protagonista que fará uma corrida contra o tempo para salvar a pessoa mais cara à sua vida. Evidentemente, comparamos ao O Código Da Vinci, certo veremos pesquisas sobre o ramo hassídico judaico como foi feito com o Opus Dei, mas em O Código dos Justos o que atrairá é a ação. Boa Leitura.

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