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Por Cadorno Teles 09/11/2007 Caçadores das histórias perdidas Savaget entra como personagem protagonista nessa sua série, onde ela é a diretora de heranças culturais da SIRF, clube que instituiu para livrar do cativeiro personagens aprisionados pela ignorância humana. Preocupada com o estouro da guerra no Oriente Médio, a autora se inspirou nos acontecimentos terríveis para contar essa maravilhosa história de aventura e mistério. Ou como ela própria fala: "Sou uma das sócias fundadoras desta entidade, que resgata príncipes e princesas, fadas e bruxas, duendes e elfos, ninfas e silfos, aprisionados em casas antigas, bibliotecas poeirentas, castelos e palácios abandonados. Já fizemos resgates no fundo do mar, nos confins da Terra, em lugares que ninguém imaginou... Alguns integrantes conseguiram chegar até as estrelas longínquas, tentando libertar personagens dos contos mágicos". O Iraque, cuja bela e lendária capital, Bagdá, era arrasada e devastada pela invasão desenfreada norte-americana: os bombardeios deixaram a cidade em ruínas. A biblioteca de Bagdá tinha sido invadida, e o primeiro volume da série teve o desafio de achar as histórias perdidas, as fábulas guardadas durante séculos, seus personagens maravilhosos em meio à guerra. Após a bem-sucedida Operação Resgate em Bagdá, onde os próprios personagens são os heróis que, alertados pelos componentes da SIRF, saem de seus livros para salvar suas próprias histórias, ainda restam dois desafios importantes para a SIRF: encontrar a lâmpada de Aladim, antes que caia em mãos criminosas e separar as histórias e os personagens que estão se embaralhando. A diretora, então, vai a Bagdá, onde enfrentará os perigos de entrar no país sem ser percebida, pelo perigo do conflito e pelo mal que está à espreita – como o feiticeiro africano, que fingiu ser tio de Aladim para roubar a lâmpada do garoto, que agora almeja, depois de mil anos, ter a vingança e se apossar para sempre dos poderes do gênio. Ele irá, ao longo da história, colocar armadilhas, maquinará artimanhas para atrapalhar os planos da SIRF e descobrir onde a lâmpada se perdeu. Luciana contará, com a ajuda de Ali Babá, que financiará a sua entrada pela Jordânia, até o coração da antiga Mesopotâmia, chegando a Bagdá, e com o apoio de Azin, uma professora corajosa que chefiará a força de resgate que a levará ao caos de uma região devastada: minas por todos os lados, fronteiras fechadas, homens-bomba e terroristas. Mas será que irão encontrar a lâmpada? E o gênio ainda estará lá? A mais pura imaginação é o que encanta nesta série, uma jornada de fantasia e ação, que ensina história e cultura dos povos árabes, além de proporcionar como no primeiro volume, ensinamentos da rica sabedoria oriental. A autora une criatividade com os tristes acontecimentos históricos ocorridos recentemente e que não pararam até hoje, em um amálgama do ambiente de terror com o universo mágico de Sherazade. A história ganha formas e cores nos traços de Graça Lima, que usou motivos da cultura árabe para compor verdadeiras obras de artes que variam de tamanho e estilo: de duas páginas ou pequenos retratos do cotidiano islâmico. Como a própria autora analisa, o livro é um resgate de sonhos. E vale a pena sonhar com tantos personagens e histórias que marcaram a infância de muitas pessoas.
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