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Por Cadorno Teles 16/08/2007
Em tempos do avassalador lançamento do ultimo volume de Harry Potter, Kurzweil um autor adulto aclamado pela crítica, escreve esta divertida e cômica história, na qual um garoto normal terá momentos únicos, graças a sua imaginação fantástica e aos pensamentos naturais da idade. Uma leitura alternativa, mais aproximada aos leitores juvenis, que como Leon tem seus dias de dissabores e sucessos. Leon é um garoto de 10 anos que mora no Torres Trimore, um hotel em forma de bolo de casamento de seis andares. Um estranho hotel da cidade de Nova Iorque, onde sua mãe trabalha como gerente da noite, ou como ela própria diz: "o melhor alojamento de uma estrela da cidade". O local também é um centro de convenções, que atraía todo tipo de gente curiosa: detetives, caubóis, dublês, mímicos e até mesmo provadores de batatas fritas. Leon adora mora em um lugar como aquele, sempre cheio de bichos e de pessoas legais, mas que toda noite é atacado pelo frio glacial da Rainha do Gelo, uma máquina com personalidade própria e que deseja que ninguém durma naquele hotel. Já a sua vida escolar se resume a um tormento, com obstáculos como Harry Lumpkin, um brutamontes que o torturava deste a primeira série com cascudos e esbarrões. Seus professores anteriores o tratavam como um incapacitado, que não sabia escrever direito, não tinha coordenação motora e não fazia as coisas mais simples, como amarrar os cadarços. E agora, a quarta série iniciaria e Leon não estava nada contente em começar a estudar. Na correria do primeiro dia de aula, Leon recebe de sua mãe um caderno em branco para anotar os nomes dos taxistas que o levavam à escola. A partir daí, o garoto têm a curiosidade de "colecionar" os motoristas e seus países de origem. No colégio, os seus únicos amigos são: a dentuça e magrela Lily Matisse, filha da professora de artes da escola e P.W., um nerd de descendência tailandesa. A sala da quarta série os esperava, e um ano terrível teria seu início, principalmente ao conhecerem sua nova professora, Srta. Bruximenes, uma mulher extraordinariamente severa, alta e magra, sempre de preto, que usa uma peruca presa com velcro, com orelhas que se assemelhavam a enormes cogumelos apodrecidos, obcecada por costura e pela Idade Média. Nas palavras de Leon: "um ano inteiro nas garras de uma professora que ameaçava a própria turma com uma agulha de costura do tamanho de uma adaga". Leon enfrentará a professora Bruximenes no momento em que, ameaçado de ser reprovado, começa a costurar uma boneca, retrato tal e qual de sua assustadora professora, e incrivelmente descobre que poderia manipular a srta. Bruximenes com aquele objeto mágico. E o resultado só lendo para crer; só vale lembrar que não devemos julgar o livro pela capa, ou melhor, o professor. Leon e o retrato tal e qual possui uma narrativa bem divertida, onde o autor transmite dois níveis de humor: um, para as crianças, no mesmo estilo do seriado Chaves, e outro mais ocasional, mais adulto. Ambientando o livro em cenários bem comuns, Kurzweil consegue dar a medida certa para esta história juvenil, cobrindo as arestas pra um verdadeiro entretenimento superior a muitos outros livros juvenis. Cria assim um mundo realista fantástico, cujo herói e amigos são normais, como qualquer criança de sua idade, em um conto em que a imaginação e a magia se tornam uma só. |
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