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Por Jozz 17/07/2007 Como esperado, o último dia de Anima Mundi foi o mais lotado. Segundo a produção do evento, em discurso feito na premiação, o público bateu recorde. O dia começou com a exibição do longa metragem Pärnography, dirigido por Hardi Volmer. É um documentário sobre a carreira de Priit Pärn, animador estoniano de grande influência para muitos profissionais. Seu traço era grotesco e surrealista, e sua postura de forte engajamento político. Apesar de Pärnography ser direcionado para jovens e adultos, combinou perfeitamente com a segunda exibição de Garoto Cósmico, de Alê Abreu. O longa brasileiro, conforme comentamos aqui, pode ser visto como uma boa provocação à idéia que temos de cinema social e infantil. Meia hora antes de começar, já se formavam duas filas na rampa para entrar na sala 1. Depois chega a notícia de que os ingressos estavam esgotados. O filme começa e o público acompanha a música inicial com palmas. Crianças dançavam nos corredores da sala. Foi realmente emocionante. Após a sessão, Alê Abreu autografou flip-books e adesivos para as crianças que formavam fila ocupando toda uma lateral do stand da Petrobras. Às 20h foi o encerramento e premiação. A lista completa dos ganhadores do Anima Mundi em São Paulo pode ser vista aqui. Alguns curtas que comentamos aqui chegaram na frente, como o brasileiro Preta, de Bruno Mazzilli, terceiro lugar em Portifólio. Até o sol raiar, de Fernando Jorge e Leandro Amorim, levou dois primeiros lugares: Melhor Animação Brasileira e Melhor Primeira Obra. O diretor Alê Camargo conseguiu emplacar dois curtas, A noite do vampiro, segundo lugar em Animação Brasileira, e Calango!, terceiro lugar em Animação em Curso. O terceiro lugar em Animação Brasileira ficou com Limbo de Rômulo D’hipólito. A categoria Melhor Curta Metragem só teve filmes estrangeiros. O criativo Lavatoy-Lovestory, de Bronzit, criador da vinheta desta edição do Anima Mundi, ficou em terceiro; em segundo, Bill Plympton, figura carimbada do evento, como o clipe da música Don’t download this song. Bill já produziu coisas melhores, mas a crítica bem humorada à industria fonográfica foi uma grande sacada. E o grande vendedor foi Lapsus, único filme argentino do festival, do diretor Juan Pablo Zaramella. Como esta edição foi a de número 15, os organizadores criaram mais uma categoria, o Anima 15. Foram selecionados curtas de quinze segundos que contassem a relação do diretor com o festival. E o ganhador foi Origanima, de Fábio Yamagi, conhecido animador de stop motion. Sua animação é composta apenas de origamis feitos com as folhas dos catálogos dos Anima Mundi anteriores. O festival está cada vez maior e melhor. A qualidade das animações do mundo, em especial a brasileira, está em um crescente. Muito graças ao evento. O respeito e admiração do público também tem contribuído para a valorização da arte e do mercado da animação. Sem falar dos fóruns entre profissionais ocorridos durante a semana para debater os rumos da área. Que venha o próximo Anima Mundi! Veja as últimas fotos do evento nos links a seguir e outras fotos nas matérias anteriores. 20 – Alê Abreu e os dubladores Bianca e Alef, respectivamente |
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