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Por Jozz 13/07/2007 A sessão Portifólio de quinta-feira, dia 12, apresentou trabalhos de agências do mundo todo, de publicidade à videoclipes. O mais interessante é notar o crescente uso de técnicas experimentais neste segmento. Hoje é comum vermos stop-motion nos comercias de TV brasileiros. O mercado está crescendo. Entre os filmes que misturaram técnicas e se destacaram estavam: o americano Riverwind Casino Card Trick, com 2D somado à animação de sal colorido; Rock took A Lover, clipe da banda BellX1, que mistura tinta, lápis e pastel sobre papel, com animação de bonecos e 3D; e o inglês Endless Cookie, fazendo o mesmo mix do anterior. A história deste último é a melhor. Uma menina feliz que compartilha um biscoito com todas as pessoas tristes que encontra na rua. As pessoas começam a sorrir, e o biscoito da menina nunca acaba. Mas não pense que os brasileiros não chamaram a atenção. A Cafeu Filmes participou com duas publicidades: Kong, rotoscopia e computador 2D, em que o gorilia Kong tenta escalar o prédio da Gazeta em São Paulo; e Monstros e Robôs, experimentando lápis sobre papel, rotoscopia e computação 2D. Neste, monstros e robôs invadem a cidade atirando pipocas no público. A TV Pinguim também marca presença com um clipe chamado Olha o Padilha, em computação 2D. Mas o nacional que mais empolgou a galera foi Preta, de Bruno Mazzilli, da Recbeat Produções. Trata-se do clipe da banda pernambucana Cordel do Fogo Encantando, feito com pastel sobre papel e rotoscopia. A sessão Curtas 4 começou com o curta El Doctor. Se passa em um México caricato, com personagens falando inglês, deixando o espanhol apenas nos jargões. Só depois fui ver que se trata de uma produção norte-americana. Em seguida, vem Até o Sol Raiar, dos brasileiros Fernando Jorge e Leandro Amorim. Um dos curtas em 3D mais bonito até agora, além de ser uma exaltação à cultura nordestina. Outro filme que mexe com o espectador é o inglês Grrrr..., mostrando o fascínio e a inveja que uma criança sente pelo pai. Mas para os que preferem diversão por diversão, a sessão fecha com ótimas animações 3D: o alemão Wanted, e o francês Cocotte Minute. A sessão Curtas 5 iniciou muito bem, com o alemão The Runt. O visual é lindo, todo feito em lápis e pastel sobre papel, e muito bem utilizado a favor da narrativa. Um garoto fez uma escolha e sabia que teria que arcar com as conseqüências no futuro. A forma como ele reage nos leva a pensar o quão relativo é o certo e o errado. Outro que surpreende é Celestina, de Ricardo Werdesheim, brasileiro radicado em Israel. Trata-se de um clipe da música O amor daqui de casa, de Gilberto Gil. A diversão continuou com o francês Mauvais Temps, desenhado em acetato. O traço é maravilhoso, todo em preto e branco, e mostra uma perseguição em clima noir. Mas o curta que levantou a galera e tirou altas risadas foi o americano Prey, de Tom Kyzivat. Lápis e computador 2D. Um embate entre força e humildade num cenário divertido, mas fatal. Já a sessão Curtas 13 deixou uma boa impressão com os filmes: Carte de Visite, Irlandês, feito em stop-motion; o suiço The Cleaner, em 2D; e o norueguês Snill, 2D em acetato. The Cleaner faz o mesmo que o curta Liebeskrank, exibido na sessão Curtas 2. Consegue contar uma simpática história de amor, mas de uma forma inesperada. Quanto ao Snill, não foi apenas o visual que atraiu o público, mas a identificação que tiveram com a história. Uma menininha bem comportada e querida se vê em uma situação que exige mudança de comportamento. Nesta sessão está presente o filme Justiça Emplaca, do brasileiro Alexandre Bersot, misturando computação 2D e fotos. Não agradou a todos, mas é mesmo um filme provocativo. Interessante a frase que inicia o filme: “Para todos que gostam de fazer e não devem. Para os que querem fazer e não podem.”
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