"Animadores! Animados!". O brado de Marcos Magalhães abriu a 15ª edição do Anima Mundi em São Paulo, na enorme Sala 1 do Memorial da América Latina, ontem, dia 10, às 20h. A sessão, que se seguiu a falas dos demais diretores do festival, Lea Zagury, Aida Queiroz e César Coelho, continha um lote de filmes que constam da programação, de cineastas como Alexander Petrov (Meu Amor), Konstantin Bronzit (Love Story) e o divertido Still Life, da série Shaun, a Ovelha (da britânica Aardman Pictures).
 
Na platéia, os convidados Mikhail Aldashin, Kirk Kelley (da Laika House) e John Weldon, que trouxeram seus portfolios. O homenageado deste ano é o animador brasileiro Alê Abreu, diretor do longa O Garoto Cósmico. Alê também levou todo o seu portfolio para o festival. Todos eles participarão de fóruns e dos papos animados. O ambiente sofisticado do Memorial da América Latina mais uma vez assombra. A beleza desta edição ficou a cargo de muitos mais apoiadores, entre os já conhecidos patrocinadores Petrobras, Oi, IBM e Banco do Brasil, através do seu Centro Cultural. Segundo Lea Zagury, o longa de Alê Abreu fez sucesso perante as platéias cariocas. Alguns animadores paulistas que assistiram ao filme aqui, no CineSesc, dizem que é mediano. Mas é o último trabalho em Cinema do grande Raul Cortez, fica como lembrança do ator. Entre os convidados do primeiro dia, junto com os repórteres, que receberam o belíssimo catálogo de 2007, estavam o empresário de licenciamento Sebastião Bonfá, o animador Haroldo Guimarães Neto e o professor de animação da USP, Marcelo Tassara.
 
O Anima Fórum, que ocupará os dias 12 (quinta) e 13 (sexta), das 9h ao meio dia, tratará da produção sistematizada de desenho animado para a TV brasileira. Além disso, em agosto terá início o Anima Mundi Brasil, para nossos canais televisivos. O vigor do festival, em sua 15ª edição, continua a fazer História. Basta pisar no Memorial da América Latina e já se sente perfeitamente isso. O coquetel, ao menos, estava uma delícia.