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Por Matheus Moura 02/05/2007 No finalzinho de 2005 foi lançada em Cuiabá (MT) a revista Gorjeta, uma iniciativa de Ricardo Leite (Ric Milk) e Vinícius. O número 1 da publicação, assim como uma gorjeta, tem o formato singelo de 10 x 14,5 cm. Já nos dois números seguintes o formato aumentou para 15,55 x 22 cm e o preço se manteve em R$ 3,00. Gorjeta #1 contêm histórias de Ric Milk, Gabriel de Mattos e Vinícius, além de contar com ilustrações de Marcelo Cabral, Zuza e Verônica Hirata e uma homenagem de duas páginas à Wolinski. Há também uma entrevista com a banda Zezé & Companhia conduzida por Catherine Millet, que é mais uma brincadeira, assim como a entrevista feita por Silvia Saint (famosa atriz pornô) com o pessoal da revista na #2. E brincadeira é o clima central passado pela publicação; em todos os números as piadas e a descontração são marcantes. A começar pelos editoriais, que são bastante informais, com direito até a piadas sobre a vida íntima dos autores. A primeira edição, no geral, é interessante e serve bem para dar o passo inicial da revista, em sua maioria os desenhos são bem feitos, com destaque a Lheóvis e O diário de um casal, ambas desenhadass por Ric. Zezé e Companhia em: o Show do Matanza foi cancelado, é uma tira autobiográfica, assim como O diário de um casal; entretanto, diferente do segundo, tem uma narrativa truncada, sendo que às vezes o recordatório diz algo não necessário, já que a imagem já diz por si só; isso acaba por prejudicar o andamento da história, fazendo com que ela se torne repetitiva. Gorjeta #2 começa com uma história no verso da capa, que na realidade é uma propaganda muito bem pensada, por usar do conteúdo programado da revista para levar sua mensagem ao leitor. Os mesmos autores da #1, mais a adição de Lee, figuram na segunda edição, sendo a primeira história real: As aventuras da tribo Propinajá, de Vinícius, que faz uma crítica à galera de Brasília que o povo brasileiro põe na cidade de quatro em quatro anos. Zezé e Companhia continua e mais uma vez a história tem um clima non sense bastante viajado, mas a questão da narrativa é melhorada, tendo os problemas da primeira edição resolvidos. O carro chefe parece ser mesmo O diário de um casal, que têm histórias melhor trabalhadas e na #3 chega a ter os quadros aumentados. As maiores novidades na #2 é a história Garota Pantanal Homo Pantanaensis, com roteiro de Gabriel de Matto e arte de Generino; os traços de Generino são bons, apesar de algumas falhas na anatomia; o maior defeito que achei foi no fluxo da narrativa, como ela é sem textos acredito que o acréscimo de uma melhor linha temporal não deixaria algumas dúvidas no ar ao final da história. E tem também a tira Ted, feita por Lee, sobre uma rã; o pecado do autor foi manter um padrão entre as tiras, ficando ambas muito iguais. Poderia ser melhor trabalhado esse aspecto. Na segunda edição, assim como na primeira, há ilustrações ao longo da revista, desta vez são assinadas por Rosalina Taques e Arthur Bruno. |
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