Depois de derrotar o antigo arquiinimigo, Destruidor, as Tartarugas separaram-se. Lutando para uni-los, Mestre Splinter se preocupa quando coisas estranhas ocorrem em Nova Iorque. O milionário Max Winters revive quatro guerreiros de pedra e os comanda a capturar antigos monstros.

Como se pode perceber, a animação Tartarugas Ninja – O Retorno (TMNT) retoma a história de onde ela foi deixada depois dos três filmes da década de 1990. A nova trama criada para a aventura é confusa e furada: por onde andavam as tais feras durante os 3000 anos em que estiveram soltas? Mesmo que o espectador releve as falhas no enredo, é difícil entrar no clima do filme, pois há muita informação nova para ser assimilada. O texto é mais focado em Rafael, que não se conforma com o retiro de Leonardo e continua sendo um vigilante noturno.

A nova produção respeita o que já foi estabelecido pela série animada, sendo mantidas as vozes dos heróis – só o fato de celebridades toscas não bancarem dubladores já é uma vitória – e as personalidades tão diferentes dos quatro mutantes. No circuito nacional só haverá cópias dubladas disponíveis. Portanto, as vozes de Sarah Michelle Gellar (O Grito 2 e Buffy) como April, de Chris Evans (o Tocha Humana de Quarteto Fantástico) como Casey e a narração de Laurence Fishburne (Matrix) não poderão ser ouvidas... pelo menos até o lançamento do DVD.

A animação computadorizada é bem realizada e permite que os personagens movimentam-se com grande dinamismo, destacando o fato de que eles são ninjas. Nas produções em live action passadas as tartarugas ficaram mais travadas, por causa da tecnologia da época. A habilidade no gestual colabora para que a seqüência final do filme tenha o clima mais agitado tão característico da série de TV.

*Edu Fernandes é Editor de Cinema e Vídeo do Homem Nerd