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Resenha: Prismarte #31
Por Eloyr Pacheco
02/04/2007

Sim, eu sei que deveria ter escrito esta resenha antes, afinal a Prismarte #31 foi lançada em maio de 2006. No vai-e-vem do Bigorna.net só hoje, lendo e relendo alguns dos fanzines que recebemos e vendo o quanto da Prismarte já havíamos divulgado, é que me dei conta que eu estava (muito) atrasado para resenhá-la. Eu tinha duas opções: ou dava um salto e resenhava a edição #39, que acabei de receber pelo correio, ou resenhava na ordem, pois a primeira a ser resenhada pelo Bigorna.net foi a #30 (veja aqui).

Como tenho acompanhado a evolução da Prismarte, decidi fazer na ordem, assim, tanto o leitor como os demais produtores independentes, ao lerem as resenhas, sentirão a evolução alcançada pela publicação em questão. Publicada pela PADA – Produtora Artística de Desenhistas Associados, de Olinda, Pernambuco, a Prismarte #31 tem como grande destaque a matéria que registra a entrega do prêmio Os Melhores da Prismarte em 2005. Você pode conferir os vencedores aqui e o como foi o evento aqui.

A principal história da edição é Relato de Guerra, estrelada pelo Esquadrão Agakê, que conta com argumento de Arnaldo Luiz, desenhos de Pedro Ponzo e arte-final de André Gomez. Continuo achando que a área de mancha – nome que se dá para a área de impressão da página respeitando as margens laterais – e o logo juntamente com a numeração das páginas colocado no lado inferior direto da página ímpar e no lado inferior esquerdo da página par, criam uma “camisa de força” que deixa a página sem “ventilação”, sem espaço para “respirar”. O que de fato ocorre, pois a revista é impressa em “formatinho”, e a página da HQ poderia ser melhor aproveitada. Nada a comentar sobre o roteiro, que cumpre seu papel ao apresentar o grupo de personagens e o universo da história. Um errinho me incomodou muito: na página 5 a repórter é chamada no balão de “Rildegard Staim” e no gerador de caracteres da imagem da tela de TV de “Hildegard Stein”.

Na seqüência, vem a HQ O Veredicto (escrito assim mesmo) e que na capa está destacada como O Veredictor, com roteiro de José Valcir e arte de Milson Marins. Aqui a repórter Hildegard Stein aparece novamente, dando a entender que esta HQ se passa no mesmo universo do Esquadrão Agakê, mas não é o sentimento que a história nos passa, pois em Relato de Guerra há uma corporação que implanta a paz pela força e, em O Veredicto, um criminoso que é libertado pela justiça encontra um justiceiro que não concorda com o sistema.

Uma história de O Minotauro atenua o clima denso da edição, mas isso só não ocorre por completo porque a HQ está muito mal impressa, serrilhada. Alguns balões são difíceis de ler. A HQ A Carta, de Milson Marins, de apenas duas páginas, é bastante reflexiva e diferente na sua forma narrativa, usando apenas quatro quadros horizontais por página. Ótima.

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