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Resenha: Os Supremos – O Filme e Os Supremos 2
Por Eloyr Pacheco
16/03/2007

Quero começar este texto confessando que não acompanho a linha Ultimate da Marvel Comics, pois não desejava acompanhar mais uma atualização dos personagens. Esse foi um fator que me fez ficar ainda mais surpreso com as animações Os Supremos – O Filme e Os Supremos 2, lançados no Brasil pela Paris Filmes. Neste último final de semana assisti aos dois filmes em seqüência, foi irresistível.

Gostei bastante da produção como um todo. O estilo (o traço) do desenho me agradou, mas o que chamou (e prendeu) mesmo a minha atenção foi o roteiro simples, direto, mas inteligente. O do primeiro filme tem autoria de Greg Johnson e o segundo de Greg Johnson e Craig Kyle, sendo que ambos tiveram como base a obra de Mark Millar e Bryan Hitch. E, não tendo acompanhado os Quadrinhos, creio que aí está a base da força da animação.

Em Os Supremos – O Filme a adaptação de como o Capitão América é descongelado é ótima: utilizar a S.H.I.E.L.D. foi uma grande sacada para atualizar a história e, também, colocar tecnologia avançada nas mãos certas. Steve Rogers também é bem explorado, suas agruras e problemas de descolamento e sua visão de soldado estão, embora sem uma profundidade que poderia ser chata e descritiva demais, bem definidas e valorizam o personagem. O relacionamento entre o Dr. Pynn (Gigante) e Janet (Vespa) está bem explorado. Um Thor altivo e fanfarrão com toques míticos fazem do personagem um verdadeiro deus na Terra e valorizam o personagem que poderia ser apenas mais um num grupo super-poderoso. Também gostei como o Homem de Fero e a Viúva Negra foram explorados. O melhor mesmo fica por conta de Bruce Banner (o Hulk) ser o cientista incumbido de coordenar as pesquisas para a recuperação da fórmula do supersoldado. Não posso escrever mais sem estragar as surpresas do roteiro.

Em Os Supremos 2 a aventura continua num ritmo muito bom e o roteiro, que apresenta um novo Pantera Negra, também funciona muito bem, sem muita invenção. Um clichê que é bem utilizado: o pai morre e o filho assume o manto de herói. Algo que parece manjado demais, mas dá certo. A maneira como Wakanda é colocada no contexto político mundial é muito boa e mais uma vez a S.H.I.E.L.D. envia seus “supersoldados”, Os Supremos, para a luta e como eles são recebidos é um ponto forte. Fica sempre o espaço para uma analogia de como os americanos são os guardiões do mundo e os xerifes dos pequenos países em conflito para os que desejarem fazê-la, mas eu preferi me divertir, sem maiores preocupações políticas e acendeu em mim a vontade de procurar pelas edições em que essas histórias foram publicadas.
Vale a pena assistir, tanto os que conhecem as HQs como os que não a conhecem. (E eu, que não lia essa linha de Quadrinhos, vou procurar pelas edições. Fiquei curioso.)

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Animação Os Supremos – O Filme pela Paris Filmes

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