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Por Matheus Moura 05/03/2007
Nessa minissérie, que tem uma história totalmente original e deslocada da cronologia feita por Robert E. Howard para o bárbaro, nos é mostrado o quão vasto é o mundo no qual o Cimério está inserido. Percebi de imediato a influência de RPGs na trama: mago negro quer livro profano e contrata mercenário para conseguir as chaves as quais ele não pode tocar. Mercenário se dá mal e é ajudado por bárbaro que perambula pelas proximidades, este explica sua missão, então ambos partem em busca dos objetos de desejo do mago. Mortos-vivos, criaturas infernais e seres abissais são alguns dos inimigos de Conan e seu companheiro mercenário, Alvazar. Raras as histórias que li do Cimério de Bronze o mostram tão violento. Decapitações e desmembramentos que ficaram sumidos das aventuras feitas da metade da década de 1980 a meados de 1990 voltam com força total. Sanguinolência é a palavra. A construção do roteiro é muito bem feita, tendo todos os acontecimentos e motivações muito bem montados. A arte de Truman se encaixa perfeitamente à história, dando à mesma um clima negro, funesto e perverso. A caracterização dos personagens é excelente, com destaque ao mago Husbas. Para mim, estavam faltando histórias desse calibre para o Cimério. Há muito tempo não me empolgava tanto com o personagem. Infelizmente já foi avisado pela Mythos que novas séries do bárbaro não irão sair por aqui tão cedo. Esta mesmo foi lançada quase em simultaneidade com os Estados Unidos, uma diferença de dois meses em cada edição. Para não dizer que Conan - Os Hinos dos Mortos não tem defeitos, ela peca pela divisão, poderia ser em edição única, ou quinzenal. Esperar um mês pela continuação de cada número, cinco para chegar ao desfecho, foi cruel.
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