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Por Edu Fernandes* 02/02/2007 Um policial disfarçado, num futuro próximo, investiga o consumo de uma droga e acaba se viciando. Esse processo também acarreta sua perda de identidade... Há alguns cineastas que desconsideram o fato de que o cinema foi uma forma de expressão muda por décadas. Entre essas criaturas limitadas está o letrado diretor-roteirista Robert Linklater. Em suas duas animações viajadas ele peca pela verborragia: em Waking Life (2001) e no novo O Homem Duplo (A Scanner Darkly). Com roteiro inspirado em um livro do notável Philip K. Dick, as chances de o filme ser bacana são grandes. Infelizmente, Robert consegue afogar qualquer boa idéia em meio a um interminável mar de palavras. Ele poderia ser um ótimo autor de livros, mas como roteirista ele deveria pensar que, antes de qualquer coisa, cinema é imagem e som. O texto é só uma das partes do conjunto. Como em Waking Life, há a exploração da técnica de animação chamada rotoscopia. Nesse processo, atores são filmados e as imagens são transformadas em desenhos através de um computador. Em O Homem Duplo, Keanu Reeves (Matrix) e Wynona Rider (Os Fantasmas se Divertem) vivem os protagonistas e ambos não parecem totalmente entregues ao papel, quase burocráticos. Por outro lado, há interpretações inspiradíssimas de Rory Cocrane (CSI: Miami) e do já respeitado Robert Downey Jr. (Chaplin). Conforme caminha para o fim, o enredo vai se tornando cada vez mais complexo e confuso até chegar a um momento em que é quase impossível entender o que se passa. Até que, de repente... o filme acaba.
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