Histórias de vampiros nunca saem de moda; sempre há um novo romance, filme ou HQ sendo lançado e atraindo milhares (ou milhões, dependendo do caso) de leitores ou espectadores. 30 Dias de Noite – Retorno a Barrow (Devir, 2005, 144 págs., formato americano), de Steve Niles (Crimes Macabros; Aberrações) e Ben Templesmith, encerrou a trilogia iniciada com 30 Dias de Noite e Dias Sombrios, onde o escritor mostrou porque virou sinônimo de (ótimas) HQs de terror.
O cenário para a história não poderia ser melhor: uma cidadezinha no Alasca chamada Barrow que, uma vez por ano, fica 30 dias na escuridão (os 30 Dias de Noite do título). Foi exatamente durante um desses períodos sem luz que uma horda de vampiros promoveu uma verdadeira chacina na cidade para saciar sua sede de sangue. Agora, há um novo xerife na cidade, Brian Kitka - irmão de uma das vítimas do primeiro ataque das criaturas da noite -, que fará de tudo para que uma nova tragédia aconteça. Juntamente com outros moradores de Barrow que decidiram ficar na cidade em que nasceram, Kitka participa de uma verdadeira operação de guerra montada para salvar a cidade. Com direito a muitos tiros, sangue e até uma bem-vinda ajuda sobrenatural.
O roteiro de Niles trabalha muito bem algumas tramas paralelas, mas sem “enrolação”, realmente prendendo a atenção dos leitores com a história principal. Em conjunto com a sombria (mesmo!) arte de Templesmith, torna 30 Dias de Noite – Retorno a Barrow "leitura obrigatória" para fãs do gênero. Em tempo: a primeira HQ da trilogia, 30 Dias de Noite, está sendo adaptada para o cinema, com Josh Hartnett (Falcão Negro em Perigo; Sin City) e Melissa George (Alias; Horror em Amytiville) nos papéis principais, direção de David Slade e roteiro de Stuart Beattie e Brian Nelson.