O ano era 1969, auge da ditadura militar, um grupo de humoristas se reunia para discutir um novo projeto editorial. Nascia ali O Pasquim, criado por Millôr Fernandes, pelo qual passaram grandes artistas, entre eles, Ziraldo, Ivan Lessa, Jaguar, Paulo Francis, Aldir Blanc e Henfil.

Mais de 35 anos depois, a Editora Desiderata lança o livro O Pasquim Antologia – 1969-1971, organizado por Sérgio Augusto e Jaguar e reunindo mais de 500 charges e diversos artigos em 352 páginas que narram a história do jornal de humor mais famoso do Brasil.

Na época, nem mesmo os próprios redatores e cartunistas esperavam o sucesso que aconteceu. Entre os pontos que mais chamavam a atenção estavam as entrevistas informais que enfocavam diversas áreas, charges, caricaturas, dicas culturais, quadrinhos, artigos informativos e opinativos e fotonovelas. Além disso, a publicação continha um slogan que mudava a cada número. Tudo isso chegou a garantir uma tiragem de 200 mil exemplares, porém, na década de 1970, todos os seus funcionários foram presos por alguns dias, depois algumas edições passaram a ser recolhidas em bancas e as pressões afastaram os anunciantes, até que em 1989 chegou ao fim, deixando vários fãs e leitores do material para trás.

O Pasquim Antologia – 1969-1971, pode ser encontrado na Bienal do Livro de São Paulo, que está sendo realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi até o próximo dia 19, domingo, no estande da Comix (Av. 03 entre as ruas B e C).

Para obter maiores informações sobre este lançamento acesse o site da Editora Desiderata.