![]() |
![]() |
|
Por Tiago Souza 16/12/2005
No álbum de luxo, com 136 páginas no formato 21,5 x 27,5cm, Crumb "relembra" boas histórias, mas sem seus personagens mais "carismáticos" como Fritz, the Cat e Mr. Natural, e, sim, com o que talvez seja a sua melhor criação, ele mesmo. São diversos quadrinhos que se revezam com textos sobre sua vida. O mais interessante é que ele conversa naturalmente trazendo à tona diversos tons de humor e paranóia, criando até uma possível conspiração de pessoas usando cobaias para testes com LSD. Ele detalha momentos de loucura com as drogas e histórias puramente filosóficas, incluindo uma discussão sobre religião com um fanático. E, o melhor, tudo mostrado sem qualquer tipo de censura. Crumb volta a utilizar a fórmula que o levou ao sucesso: rock, blues, humor negro, crítica política e, claro, sua marca registrada, mulheres fortes de pernas e bundas enormes. A evolução de seu traço, levando-se em conta que as histórias começam a ser datadas a partir de 1969, ocorre de página a página. Mesmo fato que acontece em sua vida, começando como um tímido cidadão americano de uma pacata cidade, que desenhava Quadrinhos de Bronco, o Panda quando criança e que sofre com os movimentos de sua época, até o momento em que decide formar uma família e ter uma filha, bem estranha, é bom que se diga. Minha Vida, o oitavo lançamento de Crumb pela Conrad, pode não ser o melhor deles, mas é o principal, pois é o que mostra como e onde tudo começou. |
Quem Somos |
Publicidade |
Fale Conosco
|