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Por Marko Ajdarić 11/08/2005 Guto Lins é sócio, com a designer Adriana Lins, do escritório Manifesto. Recentemente publicou dois livros infantis, Pai, pela editora Brinque-Book, e Manual de boas maneiras, pela Jorge Zahar. Aproveitamos o ensejo da realização da II Bienal Iberoamericana del Cartel en Bolívia - na qual o cartaz do documentário Onde a Terra Acaba criado dupla foi premiado (confira notícia aqui) - para realizar uma curta e-entrevista com esse profissional multimídia. Como você interpreta o fato de uma Bienal tão importante, e de tamanha abrangência, não ter repercussões no Brasil? Pode nos falar sobre o seu trabalho vencedor, Onde a Terra Acaba? Este cartaz também foi premiado na Bienal da ADG (ADG Brasil: Associação dos Designers Gráficos) como finalista. O documentário Onde a Terra Acaba mostra a vida e a obra de Mario Peixoto diretor de Limite, o filme inacabado mais famoso que existe. Um filme PB, feito por um cineasta quase doentio de tão perfeccionista. Extremamente realista a ponto de plantar e replantar várias vezes a mesma planta que "insistia" em não crescer reta como ele queria. O nosso cartaz é extremamente simples com uma composição sofisticada e equilibrada por guias invisíveis e créditos fora do lugar convencional. Procuramos o limite como o Mario Peixoto. Pode nos falar sobre a Manifesto Design e sobre seus livros, como Pai e Manual de Boas Maneiras? O que Guto e Adriana Lins têm como projetos em andamento, atualmente? Somos um empresa familiar e isso passa em tudo o que fazemos. Somos uma dupla 24 horas por dia. Em compensação, temos atividades exclusivas: Adriana é fotografa e eu escritor e ilustrador. O escritório atua simultaneamente em todas essas áreas e tanto as fotos e os meus livros entram na linha de montagem como qualquer outro trabalho. Acabamos de fazer a identidade do filme O Diabo a 4 e o site da cantora Paula Morelenbaum. Até o Salão do Livro devo lançar mais dois livros. Na sua opinião, por que os diversos setores que lidam com a arte do desenho no Brasil se comunicam tão pouco, entre si? Rapaz, tenho travado boas discussões no orkut. Já fui diretor da ADG aqui no Rio, e estou sempre tentando "discutir a relação" com colegas e alunos. Estou bem impressionado com mobilização da classe com relação a regulamentação. Mandamos tantos e-mails que conseguimos reverter (por hora) o parecer negativo da relatora. De qualquer forma, a falta de comunicação existe e como mercado funciona sem padrão ético, vale o cada um por si, o que agrava mais ainda o problema. Além do mais, vivemos muito tempo com restrições, censuras e falta de participação política. Saiba mais sobre Guto Lins clicando aqui. O Bigorna agradece ao designer pela entrevista. |
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