Mais duas sugestões de leitura para os amantes de cinema e quadrinhos: O Cheiro do Ralo, de Lourenço Mutarelli, que logo estará nas telas de cinema, e A Dália Azul, adaptação do filme clássico. Boa Leitura!
O Cheiro do Ralo
O primeiro Romance do conhecido quadrinhista Lourenço Mutarelli, O Cheiro do Ralo (Devir, 2002), vai ser levado ao cinema pelo diretor Heitor Dhália (Nina) e protagonizado por Selton Mello (Lisbela e o Prisioneiro, O Alto da Compadecida). Essa confirmação foi feita pelo próprio Selton em entrevista a João Gordo, na MTV. Lourenço Mutarelli trabalhou com Dhália quando produziu a arte do filme Nina. Lourenço é dono de uma vasta bibliografia, sendo considerado um dos poucos brasileiros que produz "quadrinho de autor", como assim é chamado o artista que escreve e desenha suas próprias histórias sem interferência (ou quase nenhuma) de editores. Muito premiado, recebeu vários troféus HQ Mix, sendo que merecem destaque os prêmios da 1ª Bienal Internacional de Quadrinhos, por Transubstanciação (1991) e o do 11º Festival de Amadora, Portugal, por O Rei do Ponto (2000). Recentemente, o quadrinhista também fez sua primeira incursão no teatro com a peça O que você foi quando era criança?, pela Companhia da Mentira.
Autor: Lourenço Mutarelli - Formato: 14 x 21 cm - 144 págs. - miolo p/b - capa cartonada em cores - lombada quadrada - Preço sugerido: R$ 19,50
A Dália Azul
O escritor Raymond Chandler (1888-1959), um dos criadores do gênero "policial noir", trabalhou como roteirista de cinema em Hollywood. Foi ele quem escreveu o roteiro de Pacto Sinistro (Strangers on a Train, 1951) - lançado no ano passado em DVD pela Warner Home Video - para Alfred Hitchcock. A Dália Azul (The Blue Dalia, 1946), que o autor escreveu completamente embriagado, concorreu em 1945 ao Oscar de melhor roteiro. Chandler já havia tido graves problemas com álcool e acabou entregando-se novamente ao vício devido às pressões da indústria cinematográfica para finalizar o roteiro que, contraditoriamente, havia aceitado escrever em prazo curtíssimo. O filme acabou finalizado antes que Alan Ladd - o grande astro da época - ir para o exército; principal motivo da correria. A Dália Azul, praticamente renegado pelo escritor até a sua morte, teve sua adaptação em quadrinhos lançada no Brasil pela Conrad Editora. A quadrinização, produzida até certo ponto a contragosto pelo desenhista italiano Filippo Scózzari, foi publicada em capítulos na revista Frigidaire e, em 1982, reunida no álbum La Dália Azzurra. A edição brasileira tem apresentação do editor Rogério de Campos e textos de Oreste Del Buono, um dos financiadores da Frigidaire, e John Houseman, produtor do filme, revelando as condições em que o filme e a HQ foram produzidas. Esses textos, importantes como preparação para o leitor para o que está por vir, alertam sobre as diferenças entre o filme e a adaptação. A Dama do Lago; Adeus, Minha Namorada; Assassino Metido a Esperto; Armas no Cyrano's; O Longo Adeus; O Sono Eterno e Vou Estar Esperando, alguns dos principais romances de Chandler, foram publicados no Brasil na coleção Pocket da L&PM Editores.
Autores: Raymond Chandler e Filippo Scózzari - Formato: 21 x 27 cm - 108 págs. - miolo p/b - capa cartonada em cores - lombada quadrada - Preço sugerido: R$ 28,00