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Sete heróis e um destino
Por Dark Marcos
03/10/2010

Quando o advento dos super-heróis se iniciou, ainda na Era de Ouro dos quadrinhos, os personagens conquistavam sua cota de fãs agindo individualmente. Juntá-los em um único título, portanto, era uma ótima estratégia para unir vários fãs seguidores em uma única revista. Se encontros entre heróis já tinham um efeito positivo nas vendas, imaginem quando se mostrassem equipes inteiras deles. Uma das experiência de maior sucesso nesse sentido foi a criação da Sociedade da Justiça, formada pelos mais importantes heróis da Era de Ouro.

Na Era de Prata, as tendências também Recomeçaram passo a passo, reformulando heróis como Flash, Gavião Negro, Átomo e Lanterna Verde. Personagens da Era de Ouro que foram apresentados com nova roupagem, nova origem e abençoados pelo gênero da ficção científica. A idéia deu muito certo, mas foi com a renovação do conceito de equipe de heróis que o sucesso e popularidade dos quadrinhos voltaram a brilhar novamente.

Praticamente todos os principais personagens da DC Comics já estava reformulados e indo muito bem em vendas. Coube ao escritor Gardner Fox (um dos idealizadores da antiga Sociedade da Justiça) repetir o feito de reunir em um único título os heróis que faziam tanto sucesso.

A estréia desse novo grupo foi meticulosamente planejada para não fazer feio entre os leitores. Desde o preço de capa com um valor abaixo dos outras revistas até mesmo o nome do tal grupo. Para esse último item, Fox observou a popularidade do beisebol, esporte que era a paixão dos americanos, e que os times mais famosos dessa modalidade eram chamados de “ligas”. E dessa forma, na revista The Brave and The Bold nº 28, publicada em Fevereiro de 1960, surgiu o primeiro super grupo da Era de Prata: A Liga da Justiça!

Apesar de, no decorrer dos anos, a Liga contar com as mais variadas formações e participações de heróis, popularizaram-se como “justiceiros” os sete principais personagens da editora até então: Super-Homem, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Aquaman e Ajax (o Caçador de Marte). De todos os citados, Ajax destoava por ser o menos popular. De certa forma Aquaman também não tinha o brilho e destaque que os outros heróis carregavam, mas ainda assim era auxiliado pela mídia que o popularizou fora das páginas dos quadrinhos, em uma série de desenhos animados junto com outros heróis da casa (Eléktron e Gavião Negro, entre outros). Ajax, ainda assim, representava a própria ficção científica ao qual os outros foram adaptados nesses novos tempos. Como um marciano que se vê perdido no planeta Terra e enfrentando suas ameaças e costumes, era a mais imediata interpretação de um bom conto de ficção.

Com o tempo, outros heróis reformulados tiveram suas presenças nas fileiras da Liga da Justiça. Arqueiro Verde, Eléktron (nome popularizado no Brasil, mas que se tratava da reformulação do herói Átomo, da Era de Ouro) e Gavião Negro foram alguns dos nomes a brilharem na Liga, que contava com uma revista em seu próprio nome. Até mesmo o encontro com suas contrapartes envelhecidas, os heróis da Sociedade da Justiça, que agora pertenciam a uma “outra Terra” paralela a nossa, tornou-se uma espécie de tradição nas aventuras da Liga.

Os últimos dias da Liga da Justiça dentro da Era de Prata foram marcados por uma mudança da própria base do grupo. Ao invés de se reunirem em uma caverna, acompanhados pelo adolescente Snapper Carr, em 1970, na revista Justice League of America nº 78, o grupo se mudaria para um satélite de onde vigiariam o planeta para defendê-lo.

A importância do surgimento da Liga da Justiça para os quadrinhos catapultou a popularidade dos quadrinhos de super-heróis e até mesmo inspirou a criação de outro importante grupo, o Quarteto Fantástico, que, ironicamente, foi o pontapé inicial para o surgimento dos heróis da Marvel, principal concorrente da DC Comics por décadas.

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