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O Gigante Esmeralda (Parte 2)
Por Dark Marcos
13/09/2010

O adolescente Rick Jones tem um importante papel nas histórias do Hulk. Além de personificar o leitor dentro das histórias, é ele que serve de guia da criatura pelo mundo dos "homenzinhos". Jones, de certa forma, sente a culpa por ter causado o incidente onde se originou o monstro. Talvez por isso concorde em manter o segredo do Doutor Banner e até mesmo permanecer em vigília, quando é necessário prender o monstro em uma casamata de concreto, até que ele retorne para seu estado mais "humano".

Jones, acreditem, passa por situações bem mais bizarras do que ser uma mera babá de monstro. Após a exposição de radiações dentro de um foguete, quando o exército tenta expulsá-lo para o espaço, o Hulk sente uma estranha e nova transformação. Agora ele fica em estado catatônico... e é controlado mentalmente por Rick Jones. Isso aconteceu porque, enquanto o foguete era bombardeado, o jovem estava em contato com o monstro pelo rádio da base militar. Até então, tudo bem. Controlar o monstro descomunal como o Hulk parece até uma vantagem. O problema é que Jones percebe que não pode dormir, nem sequer dar um cochilinho, pois isso faz com que o Hulk se livre do controle remoto e aja meio que no piloto automático da destruição. A dor de cabeça seria ainda maior quando a dupla encontrasse o Mestre do Picadeiro, um vilão, dono de um circo criminoso, capaz de controlar mentalmente os seus espectadores.

Esse detalhe de controle mental nas primeiras histórias do personagem não dura muito, uma vez que ele havia acabado de ser criado e Stan Lee ainda o desenvolvia para que a série não fosse apenas uma história de monstros. Mas o coitado do Rick Jones só se via em mais enrascadas a cada nova mudança que o Hulk sofria. Quando a idéia de controle mental do jovem foi abandonada, Bruce Banner conseguiu criar uma máquina que controlava as transformações. Na transformação, o cientista perdia sua personalidade. Mas, ao contrário do Hulk selvagem (e até meio burro e ingênuo) de antes, o monstro era inteligente de uma forma sacana, maliciosa. Com isso, usava o coitado do jovem quase como capacho, dando-lhe esporros homéricos e o humilhando-o verbalmente a todo o momento. Pobre parceiro...

Um detalhe curioso dessa versão inicial do Hulk, aliás, era justamente sua personalidade. É bem verdade que, nessas quatro primeiras aventuras, ela muda radicalmente, mostrando que seus criadores ainda estavam definindo seu perfil. Na primeira história, Hulk parece meio perdido, mas não indefeso. Na segunda, mostra inteligência suficiente para não só deter uma invasão alienígena, como dominar o maquinário dos invasores para ele mesmo dominar a Terra, inclusive planejando capturar Betty Ross, interesse romântico de Banner e filha do General Ross, militar que fica obcecado em capturar e/ou destruir o monstro. Na terceira vem a versão "dominado pela mente de Rick Jones". E na quarta, controlando a transformação, é sacana e traiçoeiro. E é essa versão que predomina em suas histórias iniciais, diferenciando o monstro da figura do super-herói, não só por seu visual grotesco, mas pela sua maneira pouco elegante de ser. O pobre Rick Jones que o diga.

Leia a primeira parte do artigo aqui.

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