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Como foi o 24º Prêmio Angelo Agostini
Por Bira Dantas
22/02/2008

Fantástico!
O Worney está de parabéns, mais uma vez. Conseguiu realizar um evento cultural de grande porte, apesar de não termos as maravilhosas bancas da Comix e do Quarto Mundo (com zines e revistas independentes de todo o Brasil). Ufa, isso quer dizer que acabei economizando umas duas centenas de reais (rs)! Estivemos lá eu, Cláudia, minha mulher e Thaís, minha filha de 8 anos. Tive a grande honra de condecorar o professor Cagnin como Mestre do Quadrinho Nacional.

Ele é um expert em Angelo Agostini e fez um discurso empolgado e, ao mesmo tempo, muito bem humorado sobre o PRIMEIRO desenhista de HQs do mundo. Também tive o prazer de reencontrar grandes e velhos amigos como Orlando Costa (roteirista dos Trapalhões da época em que trabalhei lá), Salvador (RAN), Mastrotti, Vasqs, Jodil, Paulo Yokota, Rocco, Primaggio, Floreal, todo o pessoal do Quarto Mundo (Will, Daniel Esteves, Gil Tokio, Dino, Marcos Venceslau, André Caliman, Jerônimo, Leonardo Melo, Eduardo e mais um mundo de gente) e de conhecer pessoalmente o André Diniz (roteirista e criador do site Nona Arte de HQs, onde tenho uma revista virtual), Zé Márcio Nicolosi, Manoel Souza e Mário Latino, do jornal Graphiq. Apesar do Mário falar que a gente já se conhecia, é que no dia eu devia ter tomado umas breja a mais (rs). Aliás, ele é a cara do Daniel Ortega, presidente da Nicarágua.

Assisti ao belo clássico da animação brasileira Piconzé. Caramba, o que são aqueles cenários lindos? Colagens? Texturas reais? Fiquei de quixo caído. E o humor? As piadinhas são ótimas! Um trabalho hercúleo de Yppe Nakashima. Foi ótima a palestra de seu filho, Itsuo Nakashima, onde pudemos ter idéia da dificuldade de se fazer um longa de animação no fim da década de 60, com viagens ao Japão, tentando em vão conseguir patrocínio para seus projetos de registro do Folclore Brasileiro, que renderam vários curtas e dois longas. Itsuo prometeu se empenhar no sentido de garantir a digitalização de todo material deixado por seu pai, um verdadeiro pioneiro nas técnicas de animação.

A mesa redonda comigo, Laudo Ferreira Jr (melhor Desenhista de 2007), Marcatti e André Diniz foi muito interessante. Da Literatura aos Quadrinhos foi um mosaico de nossas quatro diferentes experiências. Aguardem. Em breve o vídeo estará no programa HQ Além dos Balões. Marcio Baraldi, cartunista e apresentador malucão do programa Banca de Quadrinhos entrevistou a gente logo depois da Mesa-redonda. Minha filha Thaís, disse que o Baraldão é muito legal e simpático, tanto na TV como ao vivo. Tá com cartaz com a menina, Marcião! A foto foi tirada pelo Manoel Souza, da revista Mundo dos Super-heróis. Ganhei uma camiseta da Melhor Roteirista de 2007, Anita Costa Prado. E sem marmelada. A pergunta era o nome de sua personagem. KATITA, gritamos eu e Floreal ao mesmo tempo. Como ele é mais magro e a camiseta era M, fiquei com ela.

O Melhor Cartunista de 2007, Marcio Baraldi ainda fez um show à parte encarnando o repórter de Quadrinhos da Banca de Quadrinhos, com toda sua grife especial (óculos, gravata e cartola). Conheci pessoalmente a turma da revista Menino Caranguejo (Melhor Lançamento de 2007). Uma família pra lá de simpática, que produz Quadrinhos da melhor qualidade (Splinter Comics). Não esteve presente Sergio Chaves, o criador do Melhor Fanzine de 2007, Justiça Eterna, mas foi bem representado. O filho de Eloyr Pacheco foi receber o Troféu Jayme Cortez em nome do pai. Sobrou agradecimento até pra mim. Puxa é honra demais!

Homenagem aos falecidos dos Quadrinhos
É de extrema importância resgatar os nomes equecidos de grandes profissionais que pisaram em terras tupiniquins. Gonçalo Jr faz isso em suas pesquisas publicadas em livros pra lá de completos. Worney faz isso ao resgatar esta história anualmente premiando estes ícones de nossa história. Foi uma delícia reencontrar Dona Edna, exposa do saudoso Jayme Cortêz, a quem conheci em 1977 nos estúdios Mauricio de Sousa. E ela lembrava de mim e que eu tinha ensinado o cumprimento do grupo de Capoeira em que participava pro marido dela. E no lançamento de A arte de J. Cortez ele fez D. Edna fazer o tal cumprimento. Grandes figuras esses dois!

Primaggio e Evaldo

Ivan Washt Rodrigues

Evaldo Oliveira

O ponto alto do troféu Angelo Agostini foi a homenagem a Ivan Wasth Rodrigues, Oscar Kern e principalmente a fala emocionada e emocionante de Primaggio Mantovi. Ele homenageou seu mestre, o potiguar Evaldo Oliveira, falecido em agosto de 2007. Desenhista e roteirista de personagens antológicos como Recruta Zero, Fantasma, Os Trapalhões, Urtigão, além de Gugu e outros, trabalhou em editoras como RGE, Bloch e Abril. Ainda como Mestres do Quadrinho Nacional, foi emocionante ouvir Diamantino da Silva (desenhista e autor do livro Quadrinhos para Quadrados) e Salatiel de Holanda (agora em Marília, trabalhando com o Tony Fernandes, grande produtor de HQs dos anos 80). Eu acompanho seus trabalhos há muito tempo. Além deles e de Cagnin, foram premiados Aníbal Barros Cassal, Fernando Dias da Silva, Ofeliano de Almeida.

Oscar Kern

O que falar de uma festa que realmente joga o Quadrinho Brasileiro para o alto? Que une a nata de profissionais de tanto tempo? O Worney (AQC-SP) está de parabéns. E lá ele anunciou que vai ampliar a discussão acerca da premiação. Em breve, mensalmente haverá uma reunião para debater, melhorar e atualizar todo o processo de votação do Troféu Angelo Agostini. Verdadeira prova de democracia!

(caricaturas: Bira Dantas)

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