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03/10/2005 Sebastião Rodrigues Seabra nasceu em Araraquara, interior de São Paulo, em 12 de maio de 1958. Durante toda a década de 1960 ele (e toda sua geração) sofreria a influência tardia do rock and roll, dos seriados do cinema e da recente TV da efervescente década anterior. Já em idade pré-escolar, desenha com entusiasmo em toda folha de papel que encontra. Um desenho que faz com freqüência, nesse período, é do grupo inglês The Beatles. Tosco, é claro, como convém a um desenho de garoto nessa idade. Nesse período, seu irmão mais velho chega em casa e joga na mesa da sala um exemplar do número um da recém editada revista O Tio Patinhas. Seabra fora fisgado. Nunca em sua vida havia visto uma revista em quadrinhos. A paixão fulminante pela revista com personagens da Disney vira infidelidade quando ele conhece revistas juvenis tipo O Fantasma, Zorro (Lone Ranger) e Sargento Rock. As histórias do Espírito que anda, as do Cavaleiro Solitário e os desenhos maravilhosos de Joe Kubert lhe tiram o sono. É prazer permanente. Quando surgem os super heróis da Marvel, é overdose total. Estava decididamente fadado a ser um cara feliz em tempo integral. Copiava tudo o que lhe caia nas mãos. Em 1969 se muda com a família para a capital São Paulo e, em 1972, influenciado pelas leituras sobre desenho, e buscando ansiosamente aprender mais e mais, compra um exemplar de Desenho e Anatomia, do americano Victor Perard. Estuda anatomia humana com afinco e se torna fã incondicional de todos os grandes anatomistas e de todos os grandes artístas dos comics clássicos e dos fantásticos desenhistas modernos dos comic books. De 1974 até 1978 publica a tira diária Capitão Caatinga com seu parceiro Franco de Rosa no jornal Notícias Populares. Publica também, nesse jornal, uma tira cômica (Chucrutz) e uma página de romance em quadrinhos. Em 1979 faz Zorro, capa e espada para a lendária editora EBAL, do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes cria HQs eróticas para a Grafipar de Curitiba e, depois disso, colabora para praticamente todas editoras paulistas de HQ, mais algumas didáticas, ilustrando livros de história, português e inglês; além de fazer desenhos para agências publicitárias (cria o SuperHonda), entre outros trabalhos. Em 1983 volta para Araraquara e passa a editar uma página semanal sobre HQ e cultura pop. Publica contos eróticos nas revistas Hot Girls e Contos Excitantes, da Noblet, desenhando também muitas HQs para essa editora. Colabora com mais afinco para o mercado publicitário e desenvolve um trabalho paralelo de charge política e caricatura para os jornais e revistas de lá. Se transforma, à revelia, num cartunista. Em 1986 ganha o prêmio Angelo Agostini, como melhor desenhista do ano e em 1990 cria para a editora Phenix talvez seu personagem mais conhecido: o Vingador Mascarado. Também em 1990 começa a publicar na Europa, através de uma agência belga, os álbuns Rose, A Mulher Gato, A Volta da Mulher Gato, John Àskesis e A Porta Dourada, todos de sexo e aventura. Nos anos seguintes, publica pela editora Escala Como Desenhar Mulheres e A Figura Masculina e desenvolve um Curso de Desenho, passando a lecionar em Araraquara. Atualmente Seabra vive de suas aulas de desenho e eventuais trabalhos de arte em geral (HQ, publicitário, ilustrações, etc.), enquanto produz febrilmente uma infinidade de HQs de aventuras, aguardando com paciência e otimismo que esse lamentável mercado de quadrinhos dê a volta por cima e passe a publicar material nacional.
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